O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-PB), começou a planejar a realização do 2º Festival da Cultura Quilombola. A princípio, os organizadores planejam a realização do encontro para o final de novembro, coincidindo com a Semana da Consciência Negra.
A primeira edição desse evento ocorreu ainda em 2019, antes do decreto de emergência nacional, que criou o isolamento social em função da pandemia de Covid-19.
Uma comissão da Secult esteve no Quilombo do Talhado, no município Santa Luzia, um dos 42 territórios quilombolas existentes na Paraíba. Chefiado pelo secretário Damião Ramos Cavalcanti, o grupo realizou uma visita técnica ao Talhado na quinta-feira (18), com a participação de Lúcio Rodrigues (Fundo de Incentivo à Cultura-FIC), Mariah Marques (Gerência de Articulação Popular) e de Tereza Nóbrega, secretária de Cultura de Santa Luzia.
Planejamento – “Nesse primeiro contato, procuramos ouvir, como fizemos com Ciganos e Indígenas, as demandas da comunidade quilombola, e saber como pretendem que o evento seja feito. Essa maneira que a Secult adotou de planejar em parceria com a comunidade diretamente interessada é um trunfo para o sucesso do evento”, argumentou o secretário Damião.
Em Santa Luzia, a primeira atividade foi uma visita à Associação Comunitária das Louceiras Negras da Serra do Talhado, onde houve reunião com lideranças e com a presidente da Associação Rural da Serra do Talhado, Marinalva dos Santos.
O secretário falou sobre a descentralização das ações da Secult para o interior da Paraíba, e a valorização da cultura dos povos tradicionais, nesse caso, dos quilombolas.
Depois, houve outra reunião de planejamento com a secretária municipal de Cultura, Tereza Nóbrega, Valdomiro Lima (Chefe de Gabinete) e Luana Carolina dos Santos, filha da presidente da Associação Comunitária Rural da Serra do Talhado.
Da equipe de preparação do evento no município, também participam Lúcia Lira (secretária de Assistência Social), Washington Nóbrega (gerente de Turismo), Henrique Medeiros (gerente de Cultura), Romerito Augusto (diretor do museu da cidade), Gilberlan (presidente do Conselho de Cultura de Santa Luzia) e Duarte Machado (maestro da banda municipal).
Damião Ramos disse que o festival, além de fortalecer a cultura quilombola, irá valorizar o artista quilombola. “Isso vai soerguer o quilombo, como aconteceu em Caiana dos Crioulos, na primeira edição do Festival”, previu o secretário.
Fonte – SECOM-PB