Médicos e profissionais da assistência que farão parte da equipe do programa Coração Paraibano, linha de cuidado integral da cardiologia que vai interligar 12 serviços para o tratamento de urgências cardiológicas da Paraíba, participaram de um treinamento para atuar no programa. A capacitação aconteceu na tarde desta segunda-feira (27), no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela PB Saúde, e que vai ser o hospital coordenador do projeto, por ser referência em cardiologia no estado.
As aulas foram ministradas por profissionais capacitados que já atuam no serviço de referência e da rede de hemodinâmica do Estado, e seguem até esta terça-feira (28), com temas como: síndrome coronariana aguda; aspectos gerais da Intervenção percutânea primária; acesso periférico e cuidados gerais ao paciente infartado; como realizar ecg e conduzir PCR; administração e cuidados relacionados a trombólise; entre outros.
Os presentes atuam nas unidades de saúde integrantes do programa, e neste primeiro dia de capacitação, participaram representantes dos hospitais regionais de Guarabira, Itabaiana, Patos e Picuí; também dos hospitais gerais de: Mamanguape e Taperoá; Hospital de Trauma de Campina Grande; Hospital Metropolitano, e do Centro de Regulação Estadual Hospitalar (CERH-PB).
“Este treinamento é direcionado para as pessoas que vão receber os pacientes, discutir os casos, definir condutas, ver a regulação e transferências dos pacientes nos hospitais de emergência em todo o estado. Nós sabemos que o infarto é uma das principais causas de mortalidade no mundo, então um atendimento inicial rápido, uma triagem eficaz, um diagnóstico precoce, é importante para evitar este risco”, disse a cardiologista Roberta Tavares Barreto Teixeira, coordenadora do programa Coração Paraibano, na palestra de abertura.
A dinâmica do programa vai funcionar por meio da telemedicina, na qual os médicos de qualquer cidade da Paraíba que precisem atuar em situações de urgência cardiológica vão conversar com especialistas do Hospital Metropolitano para receber orientações sobre os cuidados imediatos que precisem realizar, além de receber informações relacionadas à prescrição de medicações e exames de imagem. Quando necessário, o paciente será encaminhado, pela Central de Regulação Estadual, para algum procedimento de intervenção nas hemodinâmicas que já existem no Estado via transporte, que pode ser feito pela base de ambulâncias exclusivas do programa ou pelo Grupo de Resgate Aeromédico (Grame), via aeronave de UTI aérea.
Graças aos avanços da tecnologia que possibilitam esse contato rápido via telemedicina, o programa Coração Paraibano vai interligar estes profissionais que atuam em vários serviços de saúde da Paraíba, entre eles as três hemodinâmicas gerenciadas pela PB Saúde, no Hospital Metropolitano, em Santa Rita, no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, e no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos; o Grupo de Resgate Aeromédico (Grame); a Central Estadual de Regulação.
“Sabemos da dificuldade que é para dar a solução a um paciente que sofreu infarto, e como é difícil garantir esse acesso. Hoje a Paraíba se propõe a resolver isso. O Estado está se colocando a executar este programa exatamente como está na literatura, para dar acesso ao paciente à hemodinâmica, por meio da nossa rede interligada”, completou Ari Reis, secretário executivo de Gestão da Rede das Unidades de Saúde da Paraíba.
A embaixadora do programa Coração Paraibano será a médica cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar, que também é pesquisadora e cientista citada entre as mais influentes do mundo, segundo a Universidade de Standford. Ela vai participar do lançamento do programa anunciado pelo governador João Azevêdo para o mês de março.
Fonte: SECOM/PB
Foto: SECOM/PB