quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Política 8, julho, 2023

Protagonismo do deputado Aguinaldo Ribeiro não pode ser minimizado

thumb

Podem falar do ministro Fernando Haddad, do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, mas o “craque do jogo” na aprovação da PEC da Reforma Tributária foi o deputado paraibano Aguinaldo Ribeiro, do Progressistas.

Primeiro, porque nenhum outro parlamentar teve, ou teria, a coragem para colocar a proposta debaixo do braço e aguentar a pressão, da direita e da esquerda. Ou, pelo menos, manifestou interesse.

Articular é para poucos e muitos desses não se arriscam a peitar os dissabores que é encarar uma proposta do tamanho da reforma tributária, adiada há 35 anos.

Poderia ter jogado a toalha ainda em 2021, quando apresentou relatório da proposta de reforma tributária e, no mesmo dia, em um rompante, Arthur Lira extinguiu a comissão mista e enterrou o parecer de Aguinaldo. Uma saia justa difícil de esquecer e engolir.

Lira não engoliu o fato de Aguinaldo apoiar a candidatura do deputado Baleia Rossi, do MDB, à presidência da Câmara contra ele. À época, a decisão do presidente da Casa foi entendida como um ato de “vingança”.

Dois anos depois, novo governo, a proposta de reforma volta à discussão e Aguinaldo volta a ser escalado pelo presidente Lula e por Lira. Reconhecem não apenas a qualidade do texto, mas a capacidade de articulação e aglutinação do paraibano. 

Aguinaldo, após encerrada a votação, agradeceu aos parlamentares, aos governadores e prefeitos, aos que contribuíram, a sua equipe e repetiu que essa reforma não tem donos, nem lados, é de país.

Deu uma lição de que a política e políticos são passageiros, e que o Brasil tem que andar. Ou seja, alguém tem que fazer. Se não for hoje, será amanhã. 

A foto, de mãos dadas com Baleia Rossi e Arthur Lira, ao final da votação em dois turnos, fala muito sobre engolir os sapos e fazer a coisa andar.

Claro, Aguinaldo não sai de mãos vazias. Consolida o prestígio já destacado em Brasília, no país e fora dele. A reforma tributária, muito do que o discurso de “quem é a favor ou contra o país”, é necessária. 

Se o texto aprovado é o ideal, mais adiante, saberemos. Mas, é preciso esquecer radicalismos, oposição por oposição e reconhecer os avanços e a parte do protagonismo que cabe a Aguinaldo.

Fonte – Blog Sony Lacerda