Entre o discurso administrativo e o político-eleitoral o presidente Lula (PT) mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu antecessor, durante o ato de entrega do 1º Trecho do Ramal do Apodi, em Cachoeira dos Índios, no sertão da Paraíba.
Ao lado de aliados como o governador João Azevêdo e o senador Veneziano Vital do Rêgo, Lula disse que o Brasil “não terá mais um presidente negacionista”. E que os eleitores não podem “votar em qualquer tranqueira” para governar o país, em uma (in)direta para as eleições do próximo ano quando deverá disputar a reeleição. Bolsonaro, a preço de hoje, está inelegível.
Lula agradeceu ao governador João Azevêdo pela parceria com o governo federal e citou Veneziano como aliado próximo.
Sobre a transposição e o descrédito sobre a realização da obra lá atrás, disse que encontrar uma solução para a seca do Nordeste seria parte de uma missa divina.
“Quando a gente pensou em trazer as águas do São Francisco, muita gente era contra. A Bahia, Alagoas e Sergipe diziam: ‘O rio é meu’. E eu dizia: ‘Não é de vocês, é de Deus’. Só quero pegar um pouquinho d’água. Uma obra que muita gente achava que a gente nunca ia fazer. Porque já fazia 179 anos que se prometia trazer água pro povo. E aí eu descobri uma coisa: Deus deixou um Sertão sem água porque sabia que eu ia ser presidente da República e ia trazer água pra cá”, declarou Lula.
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