Um ano após ser acusado de abusos sexuais contra crianças, o pediatra Fernando Cunha Lima teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba. Ele foi condenado no mês passado, em primeira instância, a 22 anos de prisão.
O julgamento no CRM foi realizado na noite dessa quarta-feira (13). O médico esteve presente.
A decisão precisa ser validada pelo Conselho Federal de Medicina, o que pode ocorrer em até 60 dias após a publicação desta etapa ocorrida no CRM-PB.
Fernando Cunha Lima foi condenado pela 4ª vara criminal de João Pessoa, pelo crime de estupro de vulnerável contra duas crianças. Ele está preso desde março deste ano, após vários meses foragido em Pernambuco.
Ele foi condenado com base no registro de denúncia de abuso contra duas crianças, mas as acusações vão mais além e ganharam força depois que uma sobrinha, hoje com mais de 40 anos, denunciou abusos ocorridos no seio familiar.
O caso teve grande repercussão e fez com que o CRM, inicialmente, suspendesse o registro do profissional.
O médico é réu por estupro desde agosto de 2024, quando a Justiça da Paraíba aceitou a primeira denúncia contra ele, mas negou o pedido de prisão preventiva. A decisão pela prisão veio em 5 de novembro de 2024. Neste mesmo dia, a Polícia Civil tentou cumprir o mandado contra o acusado e não encontrou o acusado em casa. Desde então ele era considerado foragido.
A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho de 2024. A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança.
Ela informou que, na ocasião, imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.
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