sábado, 16 de agosto de 2025
Saúde 15, agosto, 2025

Hospital Metropolitano registra sexto transplante cardíaco de 2025

thumb

OHospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade do Governo da Paraíba gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), na cidade de Santa Rita, registrou, nessa quinta-feira (14) o sexto transplante cardíaco de 2025. A paciente beneficiada foi dona Maria do Livramento Leal, 59 anos, moradora de Campina Grande. Após duas tentativas, finalmente chegou o momento de receber um novo coração e uma nova chance de viver.

Desde os 29 anos, quando diagnosticada com a doença de Chagas, que a paciente tinha uma vida bastante limitada. “Eu tinha dificuldade para tudo. Qualquer esforço me cansava, eu ficava tonta e com falta de ar. Depois que troquei o marca-passo por um CDI [Cardiodesfibrilador Implantável], melhorei um pouco, mas sabia que precisava do transplante para voltar a ter uma vida normal”, contou.

A possibilidade da paciente voltar a ter uma vida normal só foi possível graças ao sim da família doadora do jovem de 18 anos, que devido a um acidente de moto teve um hematoma extradural traumático, e após seguir rigorosos protocolos teve a morte encefálica confirmada. Além do coração, foram doados também os rins, fígado e as córneas.

A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro, reforçou que a família doadora teve um gesto grandioso em meio à dor que é transformar a perda em esperança para outras vidas.

“Essa atitude nos inspira e reforça a importância da doação de órgãos como um ato de amor ao próximo. O Metropolitano tem um compromisso em promover ações de incentivo à doação de órgãos e a parceria com a Central de Transplantes tem feito com que o número de doações tenha aumentado consideravelmente”, comentou.

De acordo com Maria do Livramento o caminho até o transplante foi longo. Indicada por médicos do Recife (PE), ela iniciou o acompanhamento no Metropolitano há cerca de quatro meses. Duas vezes chegou a ser chamada para o procedimento, mas por incompatibilidade não pôde realizá-lo. Agora, na terceira tentativa, a fé e a esperança falaram mais alto. “Tudo é no tempo de Deus. Quero poder passear, cuidar da minha casa e da minha família. Agradeço a todos os médicos, à minha família e, principalmente, à família doadora, pelo gesto tão bonito”, disse emocionada.

A filha, Jéssica Dayana, acompanhou de perto cada etapa dessa jornada. “Esse processo é muito tenso, mas sempre fomos bem acolhidos por toda a equipe do Hospital Metropolitano. Hoje é um misto de alegria, esperança e um pouco de medo, mas com a certeza de que Deus está no comando. A família doadora, mesmo na dor, nos deu um presente que não tem preço. O coração do ente querido deles vai bater no peito da minha mãe”, declarou.

Conforme a cardiologista Roberta Barreto, o Hospital Metropolitano reafirma seu compromisso de oferecer tratamento de excelência e humanizado aos pacientes que aguardam por um novo coração. “A doença de Chagas, que ainda é bastante comum no nosso meio, tem como consequência a insuficiência cardíaca grave e esperamos que a nossa paciente possa retomar a vida que há muito tempo foi interrompida, e que seu novo coração a leve para viver todos os sonhos que ela guardou”, ressaltou a médica.

O procedimento aconteceu na noite dessa quinta-feira (14) e de acordo com o cirurgião cardiovascular Maurílio Onofre teve a duração de cerca de quatro horas. A paciente segue estável e em recuperação na UTI pós-cirúrgica.

SECOM-PB