Boxe: sem Pré-Olímpico, Brasil pode ter sete pugilistas em Tóquio
A Força-Tarefa do Boxe (BTF, sigla em inglês), grupo designado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para organizar o torneio da modalidade da Olimpíada de Tóquio (Japão), anunciou nesta quinta-feira (15) o cancelamento do Pré-Olímpico das Américas, que seria realizado em maio, na cidade de Buenos Aires (Argentina). Os representantes do continente serão definidos pelo ranking mundial, desde que previamente inscritos na seletiva.
Como as vagas ainda têm de ser oficializadas, a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) não confirma os pugilistas garantidos na Olimpíada. Em nota, a entidade afirma que aguarda a divulgação da BTF, que deve ocorrer até o próximo dia 30. O Brasil, no momento, tem sete atletas em situação de classificação para os Jogos.
No masculino, vão à Tóquio os cinco melhores das Américas no ranking da BTF na categoria até 63 quilos. Wanderson de Oliveira é o sexto, mas como há dois cubanos à frente e cada país pode ter somente um pugilista, ele deve herdar a quinta vaga. Situação semelhante à de Abner Teixeira, quarto na categoria até 91 quilos, também atrás de dois cubanos – os três primeiros se classificam.
Nas categorias até 75 quilos e 81 quilos, são quatro vagas em cada para o continente. Hebert Conceição (segundo das Américas e bronze no Mundial de 2019) e Keno Marley (terceiro), respectivamente, estariam credenciados a representar o Brasil na Olimpíada.
Entre as mulheres, a campeã mundial Beatriz Ferreira é a líder do ranking da BTF na categoria até 60 quilos. Jucielen Romeu é a terceira do continente na categoria até 57 quilos. Nos dois pesos, as três melhores das Américas entram na rota de Tóquio. Já na categoria até 51 quilos, Grazieli de Jesus é a terceira entre as pugilistas americanas, que têm direito a quatro vagas olímpicas.
Na categoria até 75 quilos, Flavia Figueiredo é a terceira das Américas, mas está suspensa preventivamente pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Ela foi flagrada em um teste realizado em janeiro com ostarina, substância anabólica e proibida, que estimula ganho de massa muscular.
A decisão pelo cancelamento do Pré-Olímpico foi motivada, segundo nota da BTF, pelo risco de parte das 400 pessoas envolvidas no evento, entre atletas e organizadores, não poderem viajar, devido às dificuldades logísticas da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A situação delicada da América do Sul no enfrentamento do vírus também foi levada em conta.