O Instituto Butantan entregou hoje (14) ao governo federal mais um milhão de doses da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvido pelo instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac e que está sendo aplicada no país por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Com esse novo lote, o Instituto Butantan disponibilizou 40,7 milhões de doses da vacina ao governo federal. Isso corresponde a 88,4% de um total de 46 milhões de doses contratuais que devem ser entregues ao governo federal até 30 de abril. Um segundo contrato prevê a entrega de mais 54 milhões de doses até o final de setembro.
Em entrevista coletiva à imprensa hoje (14), o diretor do Instituto Butantan Dimas Covas disse que o restante das doses a serem entregues ao governo federal vai depender de insumos provenientes da China, que ainda não chegaram ao país. A expectativa é de que três mil litros de insumo, suficientes para fabricar 5 milhões de doses da vacina e inicialmente previstos para serem entregues na primeira semana de abril, cheguem a São Paulo somente no dia 19 de abril. Desta forma, as doses para completar as 46 milhões previstas no primeiro contrato, para 30 de abril, só serão entregues no começo de maio.
“Com relação aos insumos, eles chegam no dia 19 e isso vai permitir a retomada da entrega de doses a partir do dia 3 de maio. Três mil litros [de insumos] darão origem a pouco mais de 5 milhões de doses”, disse Covas.
Insumos
O Instituto Butantan solicitou à China um segundo lote de insumos, também de três mil litros. Essa quantidade estava prevista para chegar ainda em abril, mas até este momento não obteve autorização do governo chinês para deixar o país.
“Para a primeira semana de abril, estavam previstas a chegada de seis mil litros de insumos da China. Esses seis mil litros foram divididos em duas remessas de três mil litros. A primeira chega no dia 19 de abril e estamos aguardando a autorização para a segunda remessa de três mil litros”, explicou Covas.
Segundo ele, o segundo contrato com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de mais 54 milhões de doses da vacina, começa a ser feito quando novas remessas de insumos chegarem ao país. “Essa matéria-prima ainda não está autorizada para vir [ao Brasil]. A autorização é lote a lote. Aguardamos para o início de maio o início de remessa de matéria-prima [insumos] para as 54 milhões de doses”, falou.
Fonte: Agência Brasil