Para quem se dá ao cuidado de observar bem os mapas urbanos de João Pessoa, vai perceber o caráter estruturante para a cidade que teve a atual Rua da República.
Junto com a Ponte do Baralho, sobre a Sanhauá, a antiga Avenida Liberdade, na atual Bayeux, e a Pedro II na direção da parte Sul da cidade, dando acesso à Praia da Penha, fica fácil de constatar uma linha de tráfego urbano contínua na cidade.
Antigamente, o que hoje é a Avenida Pedro II era chamada de Estrada dos Macacos, sobre cuja existência falamos, rapidamente, no programa inaugural História e Estórias da Paraíba, neste sábado, 08, na Tabajara, ao meio-dia.
O traçado antigo da Estrada dos Macacos cruzava áreas da Mata do Buraquinho (hoje, Jardim Botânico Benjamim Maranhão) remanescente da Mata Atlântica, e o rio Jaguaribe.
Aos poucos, a abertura de vias e as obras de esgotamento sanitário e distribuição de água potável, na cidade, interferiram no cenário original, enquanto a antiga estrada foi sendo urbanizada até se consolidar como avenida.
No século XX, a Pedro II passou por sucessivas obras. Já no período recente, se impôs uma “nova” Pedro II, inaugurada em 2009, marco de modernização desse antigo caminho.
Sobre a origem do nome “Macacos”, dada a travessia por mata densa, é de supor que tenha forte relação com a fauna que habitava a região, na época, onde esses animais deveriam marcar presença significativa.
Hoje, a Pedro II organiza deslocamentos. Liga o Centro a vários bairros. Conecta redes de ônibus, carros e serviços. Serve como caminho diário de quem trabalha, estuda e usa repartições.
A avenida é, dessa forma, palco de rotinas e acontecimentos, e até de manifestações cívicas e religiosas, neste último caso, destaque total para a tradicional Romaria da Penha, que reúne centenas de milhares de peregrinos, com encerramento na Praia que tem a santa como denominação. Por sinal, romaria que acontece no final deste mês de novembro.