Hoje, vamos falar do valor e da plenitude da quebra de um recorde na natação. Um recorde acima de tudo tem uma história, um trabalho bem feito realizado no passado, e acima de tudo é uma referência, é uma marca a ser batida. Para o nadador, ser um recordista é motivo de muito orgulho e respeito.
Na semana passada, o Norte-Nordeste de Natação Absoluto realizado aqui na cidade de João Pessoa tiveram várias quebras de recordes, mas quero destacar os conseguidos por atletas paraibanos. E foram seis: Jamal Barroso, Giovana Campos e Daniel Azevedo pelo Team Cabo Branco AcquaR1 e Levi Diniz, Esthefany Camily e Isabela Garcia pelo Grêmio Vila Parahyba.
Dos seis recordes batidos, três foram na prova dos 800m livre. Há muito tempo tenho percebido um destaque característico na Paraíba para nadadores de fundo. Não é a primeira vez que Esthefany Camily nada bem essa prova, pois a mesma também vem sendo um destaque na prova dos 1.500m livre. Numa quebra de recorde, alguns fatores são importantes, como a adversária que persegue, pois na prova do juvenil II feminino, Isabela Garcia a todo momento pressionou a fundista recordista, tendo também participação neste recorde. Os atletas infantis Jamal e Levi apesar do recorde, precisam achar ainda o ritmo ideal, pois apesar do recorde do Norte-Nordeste, em Campeonatos Brasileiro esses tempos ainda estão longe do pódio. Normal para atletas infantis.
Tradição nos 200m borboleta também é uma característica da natação paraibana. Depois de Kaio Marcio, Bia Santos, Duda Raposo, chegou a vez de Giovana Campos, com apenas 14 anos, derrubar os tempos do Norte-Nordeste. Apesar da pouca idade, Giovana teve a melhor participação da Paraíba no Troféu José Finkel, ficando como primeira reserva da final dos 200m borboleta. A atleta sabe que vários ajustes técnicos ainda precisam ser feitos nessa prova, mas a tendência é de crescimento e consolidação nacional, pois seus treinos devem ser intensificados em 2023. Giovana carrega sim, uma esperança de voos maiores nesta prova. A atleta estreia na seleção brasileira juvenil em novembro.
As vezes o recorde não vem na sua principal prova. Esse foi o sentimento de Daniel Azevedo, nadador da categoria Junior I, que é campeão brasileiro nos 100m costas. Isso demonstra o repertório de Daniel no nado costas. Um de seus pontos fortes é o submerso, onde o atleta tenta a cada dia aprimorar, pois Daniel sabe que essa característica lhe dar potência no nado e descanso na transição. Daniel Azevedo tenta até o fim do ano baixar seus tempos, e por isso o recorde no Norte-Nordeste serviu de motivação.
Isabela Garcia deu um show na sua prova. Ela conseguiu conciliar a técnica com a raça paraibana. Na prova dos 200m peito, a nadadora conseguiu liderar de ponta a ponta e com muita vontade baixou seu tempo de balizamento e de quebra, bate o recorde da competição. Ninguém na natação vira recordista pelo acaso, e por isso seu técnico Leandro tem participação total para esse resultado. Quando sempre falo, que o Grêmio Vila Olímpica Parahyba tem uma equipe juvenil de respeito em nível nacional, Isabela Garcia é uma das referências.
Sendo assim, os clubes de natação da Paraíba possuem grandes atletas, grandes talentos, e todos treinam aqui na cidade de João Pessoa. Dessa forma, temos que saborear a delícia dos resultados, todavia nunca se acomodar, pois a natação é um esporte de alta eficiência, e por isso a guarda nunca pode baixar. Treinar sempre, como dizia Ricardo Prado.
JEBs
O torneio de natação dos Jogos Escolares Brasileiros de 12 a 14 anos já tem data e hora marcada. Será no Rio de Janeiro dos dias 09, 10 e 11 de novembro. Giovana Campos, Sofia Gomes, Júlia Sousa e Nicholas Loures são alguns dos atletas aprovados na seletiva do jogos. Todos alunos do colégio Motiva.
Clube Campestre
O Clube Campestre vem novamente resgatando a natação na cidade de Campina Grande, nossa gloriosa Rainha da Borborema. O Campestre é um dos poucos clubes da Paraíba que conseguem atrair investimentos privados ou pela Lei de Incentivo ao Esporte. Parabéns.