Manaíra, que já se chamou Maceió, é, hoje, uma das praias mais urbanas de João Pessoa, metida em um bairro de edifícios altos, no seu interior, trânsito movimentado, diversificada gastronomia e intensa vida comercial. Mas seu passado guarda cenas bem diferentes, já que até pouco mais de cem anos atrás, era território de beira-mar quase exclusivo de pescadores. E mais antigamente, dos Potiguaras, por inteira.
(A título de curiosidade, o nome Manaíra, não possui unanimidade em sua versão precisa, a não ser que tem origem indígena. Pode se referir a “Abelha Cheirosa”, a “Mel Cheiroso” ou a “Seios de Mel”, e conduzem a uma lenda dos povos primitivos referentes a uma indígena que foi morta por haver namorado outro que não o jovem a ela destinado por seu pai, executor do castigo mortal, como esposo).
No tempo dos pescadores, a primeira linha de casas após o areal era de construções simples, na base da taipa, da palha de coqueiros ou ambos os materiais. A vida girava em torno da maré, da pesca, da convivência entre famílias vizinhas e da luta contra doenças tropicais, as mais perigosas, dos tipos impaludismo, tifo e malária.
Porém, a história mudou, e mudou muito. Sem esquecer do Elite Bar, de tantos significados memoriais, marco, em pedra, cal e muita curtição, a delimitar o início de sua primeira avenida.