Consagrada como entrada para a cidade de Filipeia se destaca historicamente a enseada do Paraíba, em Cabedelo. Por ali navegavam os barcos que tinham como destino a nova cidade real.
Tanto assim que em suas proximidades foram construídas fortificações destinadas a combater invasores que desejavam assaltar a cidade que se ia construindo à margem Leste do Sanhauá. Lá na parte alta de Lucena, inclusive, havia uma construção religiosa, onde pontificava a capela dedicada à Nossa Senhora da Guia, que, além de servir à catequese indígena, era importante local de vigia da foz do Paraíba.
Contudo, o Bessa acabou servindo, em 1634, como local utilizado pelos holandeses para surpreender os portugueses e, principalmente, evitar a resistência entrincheirada no Forte de Santa Catarina. O local escolhido foi a então foz do Rio Jaguaribe (que passou a obedecer a novo traçado na década de 1920), no que hoje é conhecido como Maceió do Bessa (foto), sempre alvo de notícias negativas envolvendo poluição, hoje em dia.
O desembarque se deu por meio de barcos que terminaram mandando à terra centenas de soldados, o que permitiu surpreender a defesa em torno da cidade de Filipéia.
Depois de firmar a posição no litoral, os europeus dos Países Baixos avançaram rumo ao rio Paraíba e fecharam o cerco aos fortes. O de Santo Antônio, do lado Oeste do rio, caiu primeiro, e o de Santa Catarina resistiu mais alguns dias, rendendo-se com honras e abrindo a porta para a ocupação da capitania.
Sobre a história, a principal fonte citada por estudiosos é a do neerlandês Joannes de Laet, qualificado como humanista e geógrafo flamengo-holandês, que chegou a ser um dos dirigentes da Companhia das Índias Ocidentais.
O domínio holandês sobre a Paraíba durou de 1634, quando a Paraíba foi tomada e a cidade passou a se chamar Frederica, até 1654, quando as guarnições neerlandesas se retiraram após a capitulação no Recife.