Quem trafega pela avenida Cruz das Armas, em João Pessoa, não pode ignorar um templo católico que ali tem endereço, em virtude de sua notável distinção: a Igreja de São José Operário. Ela é a matriz da paróquia do bairro de Cruz das Armas, criada em 8 de dezembro de 1959. A devoção ao pai adotivo de Jesus, na condição de operário, foi oficialmente estabelecida pelo Papa Pio XII, em 1955, quando instituiu a festa de São José Operário, em 1º de maio, para coincidir com o Dia Internacional dos Trabalhadores.
Quando da criação da paróquia, em João Pessoa, quem comandava o catolicismo na Paraíba era o arcebispo (1959-1965), de origem gaúcha, Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, que já havia sido bispo de Garanhuns, arcebispo de Belém do Pará e arcebispo coadjutor de Salvador-Bahia. Os responsáveis pela construção do templo foram os religiosos da mesma ordem, a Franciscana, que edificaram a Igreja e o Convento de Santo Antônio, no Centro, e a Igreja e o Convento de Nossa Senhora do Rosário, em Jaguaribe.
A obra, em Cruz das Armas, foi concluída em 1954, substituindo uma capelinha dedicada à Nossa Senhora das Graças que existia no local, desde 1930. O terreno, que permitiu a ampliação, foi doado pela família Novaes. Em boa parte do tempo, além de assistir religiosamente à população local, a Paróquia de São José Operário abrigou festas memoráveis. Uma delas, era representada pelas famosas e tradicionais lapinhas. Mas, sobretudo, a saudosa Festa das Hortênsias, quase uma lenda, que reunia gente de aqui e de alhures, tendo como ponto alto a escolha da rainha.
A avenida Cruz das Armas e ruas adjacentes à igreja eram tomadas por pavilhão, barracas e um parque de diversões que fazia a alegria da garotada. Essas festas não existem mais, porém, a Igreja de São José Operário segue no mesmo lugar, bela e imponente, e de grande significado espiritual para a região de Cruz das Armas e da própria João Pessoa.
Foto atualíssima da Igreja de São José Operário, em Cruz das Armas