domingo, 5 de maio de 2024

Águas abertas: Um esporte novo?

2, janeiro, 2022

A natação de águas abertas nasceu antes da natação tradicional, até porque não existia piscinas no século XIX. Nessa época, e no início do século XX as competições em águas abertas tiveram uma grande aceitação. Até, porque, devido à existência de poucas piscinas, as competições de natação desenrolavam-se utilizando os meios aquáticos naturais.

Estas competições foram paulatinamente caindo em desuso, por um lado, pelo aumento do número de piscinas existentes, por outro, devido à poluição que gradualmente foi tomando conta dos recursos hídricos naturais. Não teve jeito: a natação tradicional engoliu a natação de aguas abertas, mas este sempre manteve-se com um charme característico. Tornaram-se célebres as travessias do canal da Mancha e as longas maratonas natatórias que ocorriam nos rios e no mar de todo o mundo. Mesmo com o feito da paraibana Key France, primeira brasileira a cruzar o canal da mancha, o esporte continuava sem decolar.

Hoje as provas são divididas entre as de distância inferior e superior a 10 km. Nos campeonatos mundiais, são realizadas três provas da modalidade, nas distâncias de 5 km, 10 km e 25 km, sempre para mulheres e homens. Em 27 de Outubro de 2005, o Comité Olímpico Internacional decidiu integrar a natação de águas livres no programa dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008.[1] Uma só prova, a de 10 km, esta sendo disputada por homens e mulheres.

Dessa forma, o esporte progrediu bastante, e vem se popularizando no momento. No Brasil temos a atual campeã olímpica Ana Marcela. Baiana de nascimento, junto com a CBDA, tentam popularizar novamente o esporte no Brasil, e o investimento será na base. A CBDA fará competições desde o mini mirim até o Petiz II, ou seja, crianças entre 7 e 12 anos, e a primeira prova será aqui em João Pessoa – PB entre os dias 05 e 06/02/2022.

A Paraíba mais uma vez já apresenta destaques, tais como, Jamal Barroso (petiz II) e Júlia Maria (Júnior I) líderes do ranking nacional de águas abertas. Na etapa de Salvador, Kayan Negrão (Infantil I) e Ana Clara Menezes (Petiz II) foram ouro nas suas categorias. Desta forma, a Paraíba precisa prestigiar esses talentos, pois qualquer um pode virar uma “Ana Marcela” e ser destaque, quem sabe numa olimpíada.