Breves registros sobre a história da Orquestra Tabajara
14, novembro, 2025
Há uma nota no jornal A União de 29 de agosto de 1935, uma quinta-feira, que ajuda a esclarecer datas e fatos sobre a história da Orquestra Tabajara. O texto chama para uma soirée no Clube dos Diários (que depois foi sede do Cabo Branco, no Centro da cidade), a acontecer no sábado, 31, com a “nova ‘jazz-orchestra Tabajaras’”.
A nota também informa sobre os maestros à frente do grupo musical, a saber Oliver Von Sohsten e Olegário Luna Freire. Aliás, os mesmos que haviam criado alguns anos antes a orquestra Batutas de Jaguaribe, que tocou para o jantar oferecido ao presidente Getúlio Vargas, em 1933, no antigo Palácio da Redenção.
Fica explícito, em primeiro lugar, que a denominação da orquestra homenageando a tribo dos Tabajaras aconteceu antes da existência da rádio, que somente seria inaugurada em 1937, com o nome de Rádio Difusora da Paraíba.
A segunda todo mundo sabe: não foi Severino Araújo quem comandou a Tabajara em seus primeiros passos. O mais famoso maestro da jazz-band paraibana somente entraria no grupo, inicialmente como saxofonista e, enfim, como clarinetista, em 1937, coincidindo com a fundação da Difusora.
Completando o roteiro da ascensão de Severino Araújo ao comando da Tabajara, o que abriu espaço para isso foi a morte prematura de Olegário de Luna Freire, em 1938. Diante do infausto acontecimento, Severino Araújo assumiu o comando de vez.
O resto da história também já é do conhecimento geral. Acompanhando artistas nacionais que se apresentavam em João Pessoa, os arranjos de Severino Araújo faziam o maior sucesso. A capacidade musical do maestro chegou ao Rio de Janeiro, e o grupo acabou indo embora. 𝗙𝗮𝗹𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝗮𝗺𝗮𝗻𝗵𝗮̃, 𝘀𝗮́𝗯𝗮𝗱𝗼, 𝗱𝗶𝗮 𝟭𝟱, 𝘁𝗲𝗺 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝘂𝗺𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗽𝗿𝗼𝗴𝗿𝗮𝗺𝗮 𝗛𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗲 𝗘𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗣𝗮𝗿𝗮𝗶́𝗯𝗮, 𝗻𝗮 𝗥𝗮́𝗱𝗶𝗼 𝗧𝗮𝗯𝗮𝗷𝗮𝗿𝗮, 𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗿 𝗱𝗼 𝗺𝗲𝗶𝗼-𝗱𝗶𝗮, 𝗰𝗼𝗺 𝗥𝘂𝗯𝗲𝗻𝘀 𝗡𝗼́𝗯𝗿𝗲𝗴𝗮, 𝗥𝗮𝗺𝗮𝗹𝗵𝗼 𝗟𝗲𝗶𝘁𝗲 𝗲 𝗲𝘂 𝗽𝗿𝗼́𝗽𝗿𝗶𝗼.