Todo comentarista autêntico se engana algumas vezes. “Queimei a língua” quando disse, na coluna passada, que os times brasileiros “não iam dar um caldo” diante de PSG, Manchester City e Real Madrid.
A verdade é que nossos times brilharam na fase de grupos da chamada “Copa do Mundo” de clubes; mas é bom não ir com euforia excessiva; ainda há muito jogo pela frente.
Quando fiz o prognóstico cometi o pecado de não levar em conta que jogadores que atuam na Europa vêm de uma temporada longa; alguns técnicos têm poupado titulares, como os do Manchester City e PSG, por exemplo, e os horários das partidas estão castigando os europeus.
Então, por que falo que é preciso conter a euforia?
Observe-se que na última rodada da fase citada, o Botafogo, que vencera o PSG por 1 x 0, perdeu para o Atlético de Madrid, que levara de 4×0 da mesma equipe.
Claro que em futebol as coisas não acontecem tão matematicamente assim e pode haver, evidentemente, o imprevisível e até o imponderável; mas a verdade é que o time carioca foi inferior ao espanhol.
O Palmeiras, por sua vez, jogou claramente pelo empate com o Inter Miami e conseguiu o feito, empatando por 2×2.
Já o Flamengo, do qual se esperava uma vitória fácil diante do eliminado Los Angeles FC, não rendeu o esperado e, mesmo sabendo-se que Filipe Luís poupou muitos jogadores, frustrou, de certa forma, as expectativas. Já próximo do final do jogo, o LA FC marcou e O Flamengo teve que se valer do garoto Wallace Yan para conseguir o empate. O retorno de alguns jogadores, como, por exemplo, Gerson, Léo Pereira, Ayrton Lucas, Plata e Wesley são as esperanças do rubro-negro para enfrentar o duro e eficiente Bayern de Munique nas oitavas.
Por fim, o Fluminense empatou, sem gols, com o Mamelodi, da África do Sul, o que não deixa de ser preocupante.
Pela frente, só “pedreira” agora.
Por isso, é bom não ir com muita euforia, porque, ao final da parada, posso até não ter “queimado (totalmente) a língua”.