Tínhamos a obrigação de vencer o Peru na quinta-feira. Vencemos sem precisar jogar uma grande partida.
Gostei de Gerson ao lado de Casemiro e de Lucas Veríssimo na zaga, que pode ser um bom parceiro para Marquinhos. Não esquecer também do pé quente de Éverton Ribeiro. Isso conta demais na avaliação do treinador.
Desde as Eliminatórias de 2018, quando o Brasil sobrou com 41 pontos, não tem sido difícil garantir classificação para a Copa. Atualmente, faltando ainda 10 jogos, já temos 24 pontos e isso é quase suficiente pra carimbar o passaporte. Basta lembrar que a Colômbia, na última edição, passou com 27 e a Argentina com 28.
Mas é importante ressaltar que ainda precisamos achar o time ideal. Uma coisa é ganhar do Peru e do Chile. Outra coisa é pegar os grandalhões da Europa.
Haverá tempo pra montar esse time, mas Tite precisa ficar muito esperto. O que tem de gente torcendo contra ele é uma barbaridade.
Uma prioridade é entrar num acordo com Neymar. Nesse último jogo, ele recuperou um pouco de ritmo, fez gol, deu assistência e apareceu bem em alguns momentos. Ultrapassou Romário e Zico e se tornou o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira nas Eliminatórias.
Mas, além de controlar (e evitar) o excesso de individualismo, Tite vai administrar o seu ego. Esta semana, logo depois do jogo, ele desabafou no microfone da TV Globo: “Fico muito contente de ser de ser recordista de artilheiro das eliminatórias, ser o maior assistente com a camisa da seleção brasileira e logo menos, se tudo caminhar bem, passar o Pelé. Estou muito feliz. Não sei mais o que faço com essa camisa para a galera respeitar o Neymar. Isso é normal, não é comigo. Isso vem há muito tempo, de vocês repórteres, comentaristas e outros também. Às vezes nem gosto mais de falar em entrevistas…Gasta-se muita energia com essas bobagens. E um bom time não precisa disso”.
