Em 1953, antes mesmo de o prédio da foto ficar pronto, as aulas do Pio X, fundado ainda no século XIX por Dom Adauto, primeiro bispo da Paraíba, passaram a ser ministradas, de forma precária, na Praça da Independência.
O colégio havia iniciado sua existência com a denominação complementar de Diocesano Pio X, no antigo palacete do Barão do Abiahy, na esquina das atuais Rua das Trincheiras e Praça Venâncio Neiva, no mesmo local em que hoje está localizada a Delegacia Regional do Trabalho.
Na sequência, passou a ocupar prédio do conjunto franciscano, onde depois viria a funcionar o Colégio Arquidiocesano Pio XII, atualmente desocupado. O colégio permaneceu vinculado à Arquidiocese da Paraíba até 1927, ano em que foi entregue, por Dom Adauto, ao comando dos Irmãos Maristas.
Conta a história que em 1937 o acerto dos Maristas com a Cúria, já comandada por Dom Moisés Coelho, chegou a termo, quando o Pio X voltou a ser administrado pela Arquidiocese, passando a ficar diretamente ligado a uma congregação católica holandesa. O mesmo Dom Moisés reatou os laços do colégio com os Maristas em 1947.
Com a parceria renovada, começou uma nova fase para o educandário, na qual os Maristas implementaram um perfil mais alinhado à congregação fundada em 1817 pelo padre francês Marcelino Champagnat, santificado em 1999 pelo papa João Paulo II. Para esse novo projeto é que foi adquirido o terreno da Praça da Independência.
Ao longo das décadas, o prédio passou por reformas e melhorias, mas sem alterações profundas que descaracterizassem a fachada, permanecendo vinculado ao Instituto dos Irmãos Maristas das Escolas.
A trajetória do Pio X acompanha as transformações da cidade e da própria Igreja na Paraíba, do final do século XIX aos dias de hoje. Nesse percurso, ajudou a formar elites políticas, intelectuais, profissionais liberais, esportistas e lideranças religiosas, adquirindo o status de referência afetiva e histórica de João Pessoa.
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