quinta-feira, 3 de julho de 2025

Duas igrejas do Século XVII, na Várzea do Paraíba

14, junho, 2025

A história que deu origem à Capela de Nossa Senhora da Batalha é a mesma da Igreja de Nossa Senhora do Socorro, que ficam bem próximas uma da outra, entre Santa Rita e Cruz do Espírito Santo.
No ano de 1636, época em que a Paraíba estava dominada pelos holandeses, os invasores tomaram a produção dos engenhos de açúcar no estado. Espírito Santo e Santa Rita sempre foram zonas dedicadas à produção de açúcar e, portanto, locais de conflitos permanentes com os invasores.

Havia um combatente que ficou famoso, no Nordeste, por empreender forte resistência aos holandeses, chamado capitão Francisco Rabelo. Numa dessas lutas, Rabelinho, como era mais conhecido, enfrentou os batavos, em condições de absoluta inferioridade, no local, conseguindo derrotar as tropas holandesas então envolvidas, e matar o próprio governador holandês da Paraíba, o cruel e desonesto Yppo Elyssens, fato que, na sequência, acabou provocando período de intensa repressão das tropas holandesas.

Por conta da vitória, os habitantes da região fizeram construir as duas igrejas no local dos combates. Tombada desde 15 de julho de 1938, a Capela de Nossa Senhora da Batalha (invocação, de origem portuguesa, a Maria, em função de improvável, mas alcançada vitória sobre os espanhóis na Batalha de Aljubarrota, em 1385), tem porta e duas janelas, e fica às margens da PB-004, próxima à Ponte da Batalha.

Já a Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, tombada pelo Iphan em 1985, se constitui no único exemplar de capela com alpendre na Paraíba, com colunas dóricas sustentando um telhado de três águas.

Dessa forma, a capela de Nossa Senhora da Batalha, que ruiu em 1987, e foi reconstruída, assim como a Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, são patrimônios históricos e culturais da Paraíba, que atrai visitantes de todo o país e do exterior. Elas são símbolos da identidade e da memória do povo paraibano, a preservar e valorizar sua herança cultural.