Em 2002, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Paraíba (Iphaep) fez o tombamento das ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, no município de Lucena. Ponto de atração turística do Litoral Norte da Paraíba, o que resta do templo católico, datado do século XVIII, se mantém em pé graças a uma imensa gameleira que apoia parte de sua antiga estrutura. A construção, no Século XVIII, teria sido iniciativa de um cidadão de nome Bernardo Pereira (provavelmente com a participação dos Carmelitas, responsáveis pela Igreja de Nossa Senhora da Guia, na região), ele, dono de um engenho de nome Bom Sucesso que teria existido no local.
O sítio é banhado por um afluente do rio Miriri (do mesmo nome que a igreja e o engenho), que deságua ali bem perto, marcando os limites entre os municípios de Lucena e Rio Tinto. (Por falar em Miriri, o rio forma uma praia das mais espetaculares do Litoral Norte do estado, com direito a mar, rio e lagoa, tudo limpo e muito bacana!). Ainda de acordo com o Iphaep, as ruínas revelam características típicas do segundo momento da arquitetura religiosa rural do Brasil, no Século XVIII, e já não mais apresentam suas cobertas em telhados.
Mas há sinais de que recebe fiéis, principalmente moradores da região, que são devotos de Nossa Senhora de Bom Sucesso, cuja adoração tem origem em Quito, no Equador, a partir do ano de 1594, em função de relato feito, à época, por uma religiosa peruana, Mariana de Jesus Torres, sobre sua aparição. Também, segundo o Iphaep, se referindo a Lucena, em 1596 frades beneditinos teriam recebido sesmaria no Rio Miriri.
O topônimo do município teve origem no nome de um antigo morador, cuja ocupação era transportar passageiros da Ponta para a margem direita do Rio Paraíba. O exército holandês chegou a realizar ali um desembarque, no qual não teve sucesso. Os franceses, com o auxílio dos índios Potiguaras, usaram muito o litoral de Lucena, para o tráfico de pau brasil.