A iniciativa foi da ordem católica Carmelita, oficialmente denominada Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, que tem suas origens no Monte Carmelo, na Palestina, por volta do século XII. Como se sabe, quatro ordens religiosas seculares chegaram à Filipeia de Nossa Senhora das Neves, logo no início da construção da cidade, a partir de 1585: os franciscanos, os beneditinos, os jesuítas e os carmelitas.
Além dos irmãos leigos da filantrópica Santa Casa da Misericórdia. No caso da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o prédio fez parte de um conjunto maior de edificações carmelitas, entre as quais um convento e a capela de Santa Tereza de Jesus da Ordem Terceira do Carmo. Em 1905, o prédio do convento foi reformado pelo então primeiro bispo da Paraíba (anos depois, primeiro arcebispo), Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, e transformado em palácio episcopal, até hoje.
A Igreja do Carmo, edificada em pedra calcárea, obedece, como são os casos de praticamente todas as construções religiosas católicas da época, ao estilo barroco, resultando numa estrutura que não serve apenas a um propósito funcional, mas também oferece uma experiência visual e emocional rica e elaborada, essência do movimento barroco.
Segundo informação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que providenciou o tombamento do conjunto religioso desde 1938, o conjunto carmelita pessoense só ficou pronto no século XVIII, quando, de acordo com os registros históricos, Frei Manuel de Santa Teresa encerrou as obras usando recursos próprios. Os estilos aplicados ao templo carmelita representam bem, nesse particular, vários períodos históricos da cidade, por isso, parte indispensável de qualquer roteiro turístico e como objeto de estudo patrimonial, na capital paraibana.
(As fotos, que são nossas e atualíssimas, mostram a frente da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a praça Dom Adauto, parte do templo pessoense, e o jardim carmelita, compondo um todo de muita beleza histórica)