É preciso sempre insistir sobre o fato de as ruas de João Pessoa serem verdadeiras salas de aula, de inequívocos contornos laboratoriais, a céu aberto. Em cada esquina, monumentos, praças e edifícios históricos há um lance memorial esperando para ser descoberto.
Os arquivos históricos e museus locais (que vêm crescendo, sendo o mais recente o Museu de História da Paraíba, na Praça João Pessoa), também desempenham papel importante.
Nesse sentido, poder público e inciativa privada enfrentam um grande desafio: como fazer com que a população se encante e cuide desse patrimônio? Leis, tombamentos, revitalizações, reformas e requalificações são vitais, mas não bastam.
Cada vez mais se revela necessário implementar um permanente projeto de educação patrimonial, que desperte na população um mobilizador senso de pertencimento e de responsabilidade pelos tesouros culturais ao seu redor.
Imagine uma aula em que o livro de História é a própria cidade: professores e alunos caminhando pelas ruas, visitando monumentos, explorando construções antigas e praças onde tantos acontecimentos se deram.
Ao invés de aprender sobre heróis ou datas apenas no papel, os estudantes pisam no mesmo chão onde a história aconteceu, visualizando o passado diante de seus olhos.
Um guia turístico ou um historiador ou professor de história ou um morador antigo cheio de causos e lembranças, pode conduzir caminhadas pelo centro histórico ou mesmo bairros contando as diferentes versões da memória do lugar.
Dessa forma, a comunidade tende a se tornar guardiã do seu patrimônio. Cada morador, cada estudante, cada guia local engajado assume um papel de protetor da memória coletiva. Assim que deve ser.
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