Foi no ano de 1980 que a então Escola de Teatro Piollin, três anos após fundada, se mudou para o sítio onde existiu o Engenho Paul, contíguo ao Parque Solon de Lucena. O espaço ocupado é um marco dos empreendimentos agrícolas pessoenses, sem data de construção precisamente determinada. No entanto, há um registro de propriedade de 20 de maio de 1856, na qual consta como seu dono, desde o ano de 1854, o comandante da polícia, major Joaquim Moreira Lima, que posteriormente adquiriu e anexou às suas terras o Sítio do Quebra, localizado nas imediações, de acordo com informações do Memória João Pessoa do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal da Paraíba.
No local chegou a funcionar uma casa de farinha e um engenho de aguardente e melado, até início do Século XX. Então, a propriedade foi vendida à Fazenda Nacional sendo transformada em horto onde eram realizados enxertos e cultivo de árvores frutíferas. Arquitetonicamente, ainda de acordo com o Memória João Pessoa, a casa grande do Engenho Paul foi construída segundo tipologia própria das casas rurais do nordeste brasileiro, sendo marcante em sua imagem a coberta em quatro águas, as varandas moduladas por colunas toscanas e as janelas largas de guilhotina.
A casa grande sofreu alterações em sua volumetria externa e no seu interior quando da instalação da Inspetoria Agrícola, tendo desaparecido os exíguos espaços internos, típicos das antigas residências. Em 1931/32 ela passou por uma reforma de menor vulto, sendo fechada uma pequena parte da varanda da fachada principal. A atual situação do edifício deve-se aos serviços nela empreendidos, em 1951, os quais não respeitaram as características antigas da edificação.
(Todas essas informações são do Memória João Pessoa, já citado). O conjunto arquitetônico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (Ipahep) desde 17 de fevereiro de 2005, além de estar incluído no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).