É comum se ouvir o bordão “Cajazeiras, a cidade que ensinou a Paraíba a ler”. E não é mentira. A notoriedade tem fundamento. Tudo se deve a um cidadão nascido Inácio de Sousa Rolim, em 22 de agosto de 1800, no Sítio Serrote, no atual município de Cajazeiras.
Antes de se ordenar padre, em 1825, no tradicional Seminário de Olinda, o cajazeirense raiz estudou no Crato-CE e em Sousa-PB. Apenas um ano depois, em 1826, Padre Rolim (como ficou para sempre conhecido), além de cátedra, assumiu a reitoria do Seminário de Olinda.
Disposto a não seguir distante do seu torrão natal, mesmo com brilhante futuro na estrutura educacional católica, retornou à casa dos pais, em 1829, onde abriu um centro de ensino na localidade de Serraria, onde teve início toda a história que acabaria por consagrar Cajazeiras como pioneira na educação paraibana.
Com leitura, escrita, latim, filosofia e formação moral, logo atraiu jovens de várias províncias vizinhas. O método de Padre Rolim, portanto, reunia conteúdo clássico e cuidado com a formação humana. A Escolinha da Serraria abriu caminho ao colégio que se tornaria referência regional. O fluxo de estudantes também contribuiu para a vinda de famílias e serviços. O povoado ganhou ruas, comércio e vida cultural. A futura cidade de Cajazeiras nascia sob inspiração educacional.