quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Palmeiras imperiais do Parque Solon de Lucena

12, julho, 2024

O Parque Solon de Lucena, cartão postal mais amado pela população pessoense, segundo concurso realizado em 2007, nos 422 anos de fundação da cidade, é uma obra construída ao longo de mais de 100 anos, com atualizações sazonais. Primeiro veio a desapropriação e pagamento dos sítios onde estava a Lagoa dos Irerês, ponto de forte preocupação sanitária que impedia o crescimento da cidade.

Isso foi feito durante o governo do presidente do estado (1920-1924), Solon de Lucena, que compôs a bacia e providenciou o sangramento subterrâneo na direção do rio Sanhauá, como parte do projeto de saneamento da capital paraibana, sob a responsabilidade do engenheiro Saturnino de Brito. Na sequência, veio a plantação de uma alameda de palmeiras imperiais, sob orientação do intendente (prefeito) da cidade (1926-1928), João Maurício de Medeiros (embora, segundo entrevista ao jornal A União, publicada em 12 de abril de 1981, do saudoso cientista e ambientalista paraibano areense Lauro Pires Xavier, que viveu entre 1905 e 1991, as primeiras hajam sido plantadas na Lagoa em 1877, bem antes de sua contenção e urbanização, portanto, trazidas do Rio de Janeiro, onde chegaram junto com Dom João VI nos idos de 1808).

Segundo é possível saber, a partir de várias fontes na Internet, as palmeiras imperiais, conhecidas cientificamente como Roystonea Oleracea, são árvores majestosas que atingem alturas impressionantes, geralmente entre 20 e 40 metros. Originárias das regiões tropicais das Américas, essas palmeiras são especialmente populares no Brasil, frequentemente associadas a jardins e espaços públicos imponentes. As palmeiras imperiais também embelezam praças históricas da cidade, como as da Independência, João Pessoa, Dom Ulrico, São Francisco, Antenor Navarro e Pedro Américo, esta última, junto com a calçada do antigo prédio dos Correios. (Lembrando que no espaço do atual Parque Arruda Câmara, criado em abril de 1831, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é mantido viveiro de palmeiras imperiais vindas diretamente do Rio).

As referidas árvores são merecedoras de cuidados especiais, por conta de patógenos, fungos, cupins e besouros que atacam mortalmente as plantas. Além da necessária remoção regular das folhas secas ou danificadas para manter a aparência estética e a saúde da planta. Obedecendo aos cuidados, as palmeiras imperiais prosperam e adicionam um toque de majestade ao cenário urbano.

(Na foto, a Lagoa e suas palmeiras imperiais)