A história do espaço urbano atualmente conhecido como Praça João Pessoa, na capital paraibana, guarda marcante identificação com a história da cidade em suas transformações físicas e políticas ao longo do tempo.
Surgiu como um largo defronte a três construções jesuíticas: o Colégio, a Igreja de São Gonçalo e o Convento. No Século XVIII os jesuítas foram expulsos do Brasil e suas posses foram confiscadas.
Quando deixou de pertencer aos jesuítas, a Igreja de São Gonçalo foi então dedicada à Nossa Senhora da Conceição dos Militares (derrubada em 1929). No Século XVIII o colégio abrigou o Lyceu, e o largo foi denominado Jardim Público.
A partir daí, o prédio do convento virou palácio do presidente da província, quando o Largo passou a lhe fazer referência. Com a República, o prédio (hoje, Museu da História da Paraíba) continuou destinado aos presidentes estaduais.
Foi na referida Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares que Dom Pedro II e a comitiva real assistiram, em 1859, à Missa do Galo. Da sacada do Palácio onde se hospedou, a vista disponível ao imperador era a do Largo.
No início do Século XX recebeu a denominação de Praça Comendador Felizardo, quando ganhou as companhias dos prédios do jornal A União (que existiu até a década de 1970, quando foi demolido para a edificação do prédio da Assembleia Legislativa) e da Escola Normal (hoje Tribunal de Justiça da Paraíba).
Por sinal, o mesmo Século XX, com o luxuoso auxílio de belo coreto, a praça tirou as moças das janelas e as trouxe para as retretas animadas pelas bandas da Força Pública e do 22º Batalhão de Caçadores. Marcante conquista feminina.
Em 26 de julho de 1930, o presidente do estado, João Pessoa, foi assassinado e a comoção decorrente terminou com nova denominação da praça e da própria cidade. Em 1933, o coreto foi substituído pelo monumento Altar da Pátria.
Até hoje.
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