Fazer futebol hoje em dia custa caro. Que o diga o presidente do Botafogo (PB), queixoso de o quanto é difícil conseguir recursos financeiros, nessa reta final do clube para a tentativa de alcançar a série B, segundo noticiou a coluna do nosso editor Pessoa Júnior.
O retrato da afirmação da primeira linha está num estudo da Sports Value, fartamente divulgado pelos órgãos de imprensa brasileiros, que traz um ranking dos 20 clubes mais endividados do Brasil. A dívidas atingiram, em 2022, a cifra de R$ 10,6 bilhões.
Tal cifra representa um aumento significativo comparando-se ao ano de 2021, quando chegaram à casa de R$ 10,3 bilhões.
Segundo o ranking da Sports Value o Atlético-MG lidera o valor total de dívidas, com uma dívida R$ 1,6 bilhão, seguido do Cruzeiro, R$ 1,05, Corinthians, R$ 910 milhões, Palmeiras, R$ 876 milhões e Internacional, R$ 866 milhões.
As dívidas fiscais chegam a R$ 3,1 bilhões e representam 29% dos débitos dos clubes, de acordo com a consultoria. Despesas financeiras com empréstimos e atualização de débitos tributários geraram, em 2022, um impacto de mais de R$ 1 bilhão nas finanças dos times de futebol.
Os 10 maiores devedores (em milhões de reais)
Atlético – MG : R$ 1. 571, 00
Cruzeiro: 1, 053, 00
Corínthians: 910, 4
Palmeiras: 875,8
Internacional: 865,7
Botafogo: 729,5
Fluminense: 677, 5
Vasco da Gama: 664, 1
São Paulo: 586, 6
Santos: 539,9
Segundo o levantamento, muitos clubes continuam gastando muito, como, por exemplo, o Corinthians, com um aumento de R$ 233 milhões nos custos, e Internacional, que aumentou R$ 108 milhões. Cruzeiro, Atlético-MG e Grêmio apresentaram custos com futebol superiores às receitas.