Sabe-se que, há muito tempo, na seleção brasileira, o técnico não tem liberdade para escalar o time. Aliás, esse é um fenômeno que não se restringe à seleção nacional; hoje em dia, até nos campeonatos estaduais esse fenômeno existe.
O problema é que o futebol se “profissionalizou” da pior maneira possível. E já faz muito tempo que os agentes de jogadores impõem as escalações dos times.
Esse introito não foi por acaso. Foi para contextualizar uma briga judicial entre Romário e Dunga, que perdura desde 2016.
Vamos ao caso:
O ex-jogador e hoje senador pelo Rio de janeiro continua enfrentando um novo problema com a Justiça. A 24ª Vara Cível de Brasília ordenou a penhora de imóveis e bens do ex-jogador, para pagar uma condenação em um processo que ele perdeu para Dunga.
Os profissionais tiveram um desentendimento quando da copa de 1994. Os valores da Ação estão em, aproximadamente. R$ 90 mil. O processo está em andamento desde 2016, quando a Ação ganhou enorme destaque.
O que ocorreu é que os dois trocaram algumas acusações sobre as convocações da seleção brasileira na época comandada por Dunga. O juiz Flávio Augusto Leite intimou Romário para apresentar o pagamento da multa; porém, ele e os advogados demoraram a tomar uma atitude. Por esse motivo, ficou determinada a execução, por meio de penhora de bens.
Acusações graves
Devido às graves acusações feitas por Romário, Dunga acionou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, em que alegou que estava sendo alvo de ofensas de Romário. O ex-jogador havia afirmado que a convocação da Seleção Brasileira era baseada em interesses comerciais.
O ex-craque disse que o técnico era seu amigo, mas que aquela não era a hora dele. Segundo o político, eles não estavam mais dando opção para convocar os melhores, por haver um interesse por trás da escolha.
Denunciado por Dunga, o senador entrou com uma ação pedindo R$ 500 mil de indenização por danos morais e materiais. O ex-craque da seleção já tinha perdido uma primeira vez em 2017, mas resolveu recorrer da decisão, assim como fez em outras três vezes. O juiz ainda determinou que ele arcasse com as custas do Processo.
