quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rua Juarez Távora

25, setembro, 2024

A revolução de 1930 teve entre seus líderes, o futuro Marechal Juarez Távora. Antes disso, junto com Luiz Carlos Prestes, que depois presidiu o Partido Comunista do Brasil, Távora participou da chamada Coluna Prestes, que varou o Brasil apregoando bandeiras liberais. Derrotada a coluna, em 1927, acabou com ordem de prisão decretada pelo governo federal. Entre seus esconderijos esteve a cidade de Parahyba (atual João Pessoa), incialmente em Tambaú, e depois em Tambiá, na Avenida 7 de Setembro. Isso já em abril de 1930, quando metido nas conspirações para impedir a posse do paulista Júlio Prestes, que vencera as eleições de 1 de março daquele ano, derrotando a chapa encabeçada pelo gaúcho Getúlio Vargas, tendo como vice o presidente da Paraíba, João Pessoa.

O desenrolar da história, todos sabem: o assassinato, em julho, do líder paraibano foi capitalizado como ato político, a revolta se espalhou pelo país, e Getúlio assumiu o poder em 3 de novembro de 1930, encerrando a República Velha. Faço o preâmbulo para relatar uma mudança na nomenclatura urbana pessoense, que descobri nesses dias, ocorrida após a ascensão dos revolucionários de 1930. Pelo Decreto 16, de 8 de novembro de 1930, 5 dias passados da posse de Getúlio, José Américo e Antenor Navarro, considerando “se achar extinto o Conselho Municipal”, assinaram ato em nome do “Governo Revolucionário do Estado”, mudando “os nomes das ruas ‘7 de Setembro’ e de ‘Tambiá’, antiga Monsenhor Walfredo, para Juarez Távora”, conforme o texto da norma.

Desse jeito, “considerando que o general Juarez Távora passou a mais do tempo de sua atuação na Parahyba, refugiado na rua 7 de Setembro”, rezava o ato publicado em A União. Os antigos nomes (7 de Setembro e Mons. Walfredo) apenas seriam restaurados em 1935, por lei assinada pelo então prefeito Antônio Pereira Diniz, permanecendo Juarez Távora a partir da Praça da Independência. Há uma rua 7 de Setembro, hoje, em Oitizeiro.

Início da Rua Odon Bezerra (assim chamada a partir da década de 1950), que já representou o começo da Juarez Távora.