Um amigo velho e uma antiga entrada na cidade de João Pessoa
29, agosto, 2024
Ontem, tive a satisfação de rever um velho companheiro dos tempos de Primário no Arquidiocesano Pio XII, Marcos Chagas Brito, sobrinho de doutor Hercílio e de dona Iracema, o casal que dirigiu aquele colégio católico em seus primeiros anos, depois conduzido pelos professores Afonso Ligório e Francineide. Todos de nossa época. Passamos a manhã conversando, quando foi possível constatar que o velho companheiro se acha em tranquilizadora recuperação, após problemas de saúde que andaram lhe aperreando. Está mesmo lépido e fagueiro e muito cheio de ideias!
Sobre outra coisa conversamos que não fossem reminiscências, passando longe de saudosismos, conversa facilitada pelo interesse recíproco em um memorialismo saudável sobre momentos antigos da cidade de João Pessoa. (Embora Marcos tenha pesquisas importantes, envolvendo diversos assuntos. Música, então, sabe de tudo!). Natural de Sumé, e vida praticamente inteira na capital paraibana, o companheiro tem pronto um livro. Em linguagem afetuosa e intimista, ele descreve o caminho urbano feito, entre o final dos anos 1950 e início da década de 1960, quando chegou com a família em João Pessoa. Naturalmente, o mesmo de quem quer que estivesse vindo do Sertão. Depois da estrada, a avenida Liberdade, em Bayeux, e a ponte do Baralho, sobre o Sanhauá. Daí, a ladeira da rua da República e a Praça da Pedra. Então, quebrando à esquerda, a “sopa” descia a Maciel Pinheiro até a Barão do Triunfo.
Agora, pegando a direita, subia a Barão do Triunfo até chegar à Praça Pedro Américo, então, a nossa rodoviária intermunicipal e interestadual, com direito a abrigos de sol e chuva, balcão de atendimento e portas bagagens. Em sua narrativa, Marcos lista o que avistou na jornada, nos remetendo, por exemplo, à primeira grande loja de material esportivo, Ignácio Vinagre, na esquina da Maciel Pinheiro com a Barão do Triunfo. São muitos os registros, sobre os quais pretendo ir contando, junto com ele, de vez em quando, neste espaço. Formidável reencontro!
Foto da Praça Pedro Américo, nossa antiga “Rodoviária”, atualmente.