Não é a primeira vez que falo sobre a Praça Rio Branco e sua vocação civil, um tipo de configuração urbana definida desde que a cidade começou a se formar e as ruas da parte alta, especialmente Nova (General Osório), Direita (Duque de Caxias) e da Cadeia (Visconde de Pelotas) foram traçadas.
Já nesses momentos seminais da atual João Pessoa, o local foi qualificado não como espaço militar ou religioso, mas como área urbana destinada à prestação de serviços civis.
Sabe-se que na referida praça existiu o Pelourinho, alocado a castigos e exposições públicas, especialmente de pessoas escravizadas. Também funcionava como ponto de anúncios e leilões.
Entre os vários tipos de leilões incluam-se os reservados às vendas de escravos, um tipo de utilidade que cada vez mais se firma, a partir de trabalhos acadêmicos, como ocorrida na praça. Nesse particular, dividindo a serventia com áreas mais próximas ao Porto do Capim.
Ao longo do tempo, a destinação civil da atual Praça Rio Branco foi se afirmando, com o prédio da Cadeia, da Câmara, do Erário, dos Correios, da Casa dos Capitães-Mores, do açougue, da Barbearia, da Intendência e, já na República, da Prefeitura da cidade. Portanto, um cadinho de serviços públicos e privados direcionados à população.
Os sucessivos nomes da praça reforçam o caráter administrativo que ela sempre teve na história da cidade, a exemplo de Largo da Antiga Cadeia, Largo do Erário e Largo da Intendência, como registra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A homenagem ao Barão do Rio Branco na sua denominação aconteceu a partir de 1918, paralelamente a reformas que implicaram em reconfigurações dos espaços e ajardinamento promovidas pelo poder público.
A Praça Rio Branco mantém uma serventia cultural interessante, na atualidade, com o Sabadinho Bom. O projeto ocupa o local todo sábado, se estendendo pela Duque de Caxias, pela Braz Florentino e pela General Osório, a partir das 12h30, com choro, samba e música instrumental, lógico que sem qualquer necessidade de ingresso para entrada.
Hoje, por exemplo, tem.
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