Faço hoje um registro memorial que considero importante para a trajetória institucional da educação superior na Paraíba, e que tem a ver com a principal instituição universitária do estado: a UFPB. Há exatos 60 anos, na 11ª sessão deliberativa do Conselho Universitário da Universidade da Paraíba (criada em dezembro de 1955), foi aprovado o seu brasão de armas e o nome da instituição passou a ser oficialmente Universidade Federal da Paraíba.
A informação pode ser encontrada no site oficial da instituição, em estudo realizado pelo aluno de Comunicação em Mídias Digitais Gabriel Fleig Alves, publicada em 18 de agosto último pela UFPB. No mesmo documento é descrito o significado do brasão (um recurso da heráldica para identificar pessoas, cidades, instituições, famílias ou nações) da UFPB, criado pelo beneditino Paulo Lechenmayer. Segundo a descrição, o escudo tem estilo português boleado (de formas arredondadas), o campo de azul, semeado de besantes de prata, com uma flor de lis de ouro, estendida e chantada, sobre três filetes ondados de prata, em banda.
Os besantes, círculos de prata sobre o campo azul, aludem à padroeira da Paraíba, Nossa Senhora das Neves, que fez nevar sobre uma colina, num 5 de agosto, pleno verão europeu, sinalizando onde deveria ser edificada uma basílica.
A flor de lis é traduzida como o símbolo da pureza e da riqueza maior do conhecimento humano, enquanto as bandas ondadas simbolizam os meandros do leito do Rio Paraíba.
As insígnias, em forma de três fachos de ouro acesos, representam o ensino, a pesquisa e a extensão. Enfim, tem o lema em latim, Sapientia Aedificat, em letras de ouro, sobre um mistrel de azul.
O referido lema, a significar conhecimento na formação dos indivíduos e na construção da sociedade, reproduz antiga inscrição existente na fachada do prédio do Curso Regular de Humanidades (o Lyceu Paraibano), depois Faculdade de Direito, na Praça João Pessoa.