As primeiras décadas da República, no Estado de Parahyba do Norte, foram lideradas politicamente por um areiense de nome Álvaro Machado, que exerceu liderança estadual até a morte, em 1912. No período, ele próprio e outros areienses governaram diretamente a Paraíba, a exemplo de seu irmão, João Machado, e do Monsenhor Walfredo Leal. Gama e Melo, nascido na capital, e Castro Pinto, em Mamanguape, tiveram a bênção de Machado para governar.
Walfredo Leal era tio de José Américo, outro areiense que manteve influência política fortíssima na Paraíba depois da Revolução de 1930, vindo mesmo a assumir o governo a partir de 1950, devidamente eleito em voto direto.
É preciso lembrar ainda que o primeiro bispo e arcebispo da Paraíba era um areiense chamado Adauto Aurélio de Miranda Henriques, que governou a Igreja Católica paraibana de 1894 até a morte em 1935. Outras figuras de Areia brilharam em diversos campos da vida pública, a exemplo do pintor Pedro Américo, de renome internacional, e de seu irmão Francisco Aurélio de Figueiredo, também pintor e autor da letra do Hino da Paraíba.
E tem ainda o historiador e jornalista Horácio de Almeida, do médico e historiador Elpídio de Almeida, que governou Campina Grande, e do professor do Colégio Pedro II, no Rio, deputado e senador Coelho Lisboa.
Enfim, Abdon Felinto Milanez e Abdon Milanez Jr., duas gerações de areienses na política, na medicina, na engenharia e nas artes. O pai foi médico e senador. O filho, engenheiro e músico, tendo dirigido a Escola de Música no Rio e composto a música do Hino da Paraíba. Estou abordando fatos e gentes dessa importante cidade paraibana porque foi em 30 de agosto de 1818 que a Vila Real do Brejo de Areia foi administrativamente instalada, após a criação por Alvará de 18 de maio de 1815.
Leia mais: https://paraondeir.blog/vila-real-do-brejo-de-areia/ (A foto é do histórico Teatro Minerva)