quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Cultura 20, agosto, 2022

Cultura é discutida durante sessão especial na Câmara Municipal de JP

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A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) discutiu a arte e a cultura na Capital, durante sessão especial ocorrida na manhã desta sexta-feira (19). O evento foi de propositura da vereadora Helena Holanda (Progressistas) e reuniu gestores e artistas que compõem o cenário cultural de João Pessoa.

“Falar de artista é falar de vida, de emoção, de alegria e de coragem. Precisamos acreditar que só unidos poderemos conseguir alguma coisa. Temos que ir à luta, reivindicar apoio e suporte em todas as instâncias. O artista tem que ser valorizado. Hoje, as maiores terapias e habilidades de superação encontramos na arte. Viva o artista, a arte! Sem arte não há vida”, enfatizou a vereadora propositora da sessão.

Helena Holanda afirmou que a realização da sessão especial foi um pedido dos artistas da Capital, no intuito de desenvolver projetos que ajudem a categoria a passar pelas dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19. “Vamos estudar propostas, dar ideias e colocá-las no papel para tentar, dentro das potencialidades da lei, fazer projetos para a valorização da cultura”, afirmou a vereadora.

A vereadora Rebeca Sodré (União Brasil) parabenizou Helena Holanda pela iniciativa. “Essa sessão é muito simbólica para todos os artistas, em especial para as pessoas com deficiência. A arte está no dia a dia. Parabenizo a vereadora pela iniciativa e pelo trabalho que desenvolve. Que continue nessa luta, que não é só sua, é de todos que estão aqui”, afirmou Rebeca colocando seu mandato à disposição para fazer parceria e desenvolver projetos na área.

Para o diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, embora árduo, o momento permitiu que o povo atentasse para o valor da arte e do artista: “Começou-se a perceber que a arte é mais ou menos como o ar que a gente respira. Se o ar nos falta, a vida acaba”. Há cerca de um ano e oito meses, trabalhando na política de cultura de João Pessoa, através da Funjope, Alves contou que foi criada a Companhia Municipal de Dança que já realizou dois espetáculos e, na próxima semana, apresentará “Poesia do Som” na abertura do 1º Festival Internacional de Cinema de João Pessoa, junto com a Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSMJP). O evento acontecerá em frente ao Museu São Francisco, às 19h do dia 26.

Marcus acrescentou que, nesse período, grupos de música, poetas, forrozeiros e trovadores se apresentaram durante a vacinação para amenizar a tristeza que muitos viviam. Segundo ele, houve a fomentação e pagamento de R$ 1,8 milhão a grupos de artistas, por meio da Lei Aldir Blanc. Também foram realizados o espetáculo do Natal, o Encontro Cidades Criativas, o Festival de Quadrilhas e, recentemente, a Festa das Neves. “Mas não é só evento que a gente faz. Estamos com ações de cultura em todos os nossos equipamentos culturais nos bairros, todos os dias, todas as semanas. Isso tudo significa fomento à cultura, liberação de recursos, estímulo, capacitação para as pessoas na área da cultura”, explicou.

O coordenador do Centro Cultural de Mangabeira, Júnior Mangabeira, destacou o quanto a arte atuou como terapia importante durante a pandemia de Covid-19. Ele garantiu que o Centro Cultural está aberto e pronto para receber os artistas da cidade. “Este dia vai ficar registrado como um dia de luta, de batalha em defesa da cultura. Cultura é vida e estamos aqui para contribuir com tudo isso”, declarou.

A dançarina de Coco de Roda e representante do Conde, Hélida Souza Lima, agradeceu o convite para participar do debate. “Fico feliz e satisfeita por representar este segmento, esta luta, esta militância que é o artista, e em saber que temos gestores que pensam no povo, na cultura e no artista. Nós, cada vez que estamos juntos, somamos e fazemos a força”, enfatizou.

Adilson Lucena de Medeiros, intérprete do Palhaço Pipi, destacou a importância da sessão especial: “Um país em que não se valoriza a saúde, a educação e a cultura, não vai para a frente. Não é um país assim que queremos. Cultura deveria estar na mesa da escola, deveria ser o prato principal. Não tem como valorizar o artista se você não sabe de cultura. Essa sessão é importante por isso”.

Já o cantor José Augusto de França reforçou a alegria em poder voltar às apresentações: “Um cantor sem o público não é nada. Dois anos de pandemia não foram fáceis. Quase caí numa depressão, mas Deus me segurou. Agradeço a Deus por poder voltar a me apresentar”.

Fonte – SECOM-CMJP