Mais uma Marcha dos Prefeitos tem início nesta segunda-feira e, mais uma vez, milhares deles estarão espalhadas por Brasília. Não que já não saibam o caminho. Mas, tendem a ter mais atenção, não só do poder público, mas da classe política.
A ida a Capital federal tem aumentado no decorrer dos últimos anos quando as emendas parlamentares se tornaram mais “gordas” e, digamos, mais “democráticas”.
Mas, a questão crucial é: os prefeitos estão pouco ou nada interessados em sair da situação do já conhecido “pires na mão” e buscar alternativas para seus municípios, ter uma receita própria. Ser “independente”.
Por que isso não acontece? Primeiro, porque se tornou um círculo vicioso de completa e total dependência, da maioria das prefeituras, de verbas federais – não necessariamente apenas de emendas. Segundo, é mais fácil pedir do que pensar.
Óbvio, não há que se dispensar recursos federais. Ao contrário. Não é sobre isso. É sobre poder, dependência, acordo, votos e eleições. Está longe de ser uma relação saudável e republicana. Está longe de ter um fim. Não interessa cortar esses “laços”.
O governo prepara uma mesa farta para receber os prefeitos: R$ 3 bilhões em emendas. É de se esperar que os prefeitos, pelo menos, não usem os recursos para escapadas nada convencionais.
A previsão da Federação dos Municípios da Paraíba é de que 130 prefeitos do estado desembarquem em Brasília, além de 80 vices-prefeitos e mais de 100 vereadores.
Fonte – Blog Sony Lacerda