A cantora Rita Lee anunciou na última quinta-feira (20) que está com um câncer primário no pulmão esquerdo e já começou o tratamento com imunoterapia e radioterapia, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Cerca de 13% de todos os casos novos de tumores do mundo são de pulmão e é o tipo mais comum há mais de 30 anos, tanto em incidência quanto em mortalidade. Já no Brasil, esse câncer é o segundo de maior incidência entre homens e mulheres, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
O tumor encontrado em Rita Lee pode surgir nas vias respiratórias que se ramificam da traqueia para abastecer os brônquios ou nos alvéolos. Ele pode ser de células não pequenas, que atinge 85% dos casos e o desenvolvimento é mais lento; ou nas células pequenas, que é responsável por cerca de 15% de todos os casos e é muito agressivo, crescendo rapidamente e se espalhando como graõs de areia, ainda de acordo com o Inca.
Os sintomas da doença são tosse persistente, escarro com sangue, dores no tórax que pioram ao tossir ou respirar fundo, rouquidão, falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite e fadiga.
De acordo com Cristiane Chaves, médica rádio-oncologista os sintomas podem variar no caso de fumantes e da gravidade da doença. “Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente. Os sinais e sintomas podem variar dependendo do tipo de tumor e localização”, afirma a especialista.
A médica ainda explica que o tabagismo é a principal causa de tumores no pulmão. “O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Cigarro é, de longe, o mais importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão”, diz ela.
Informações do Instituto Nacional de Câncer registram que cerca de 85% dos casos diagnosticados de câncer de pulmão estão associados ao consumo de derivados de tabaco. A taxa de mortalidade de 2011 para 2015 apresentou uma queda de 3,8% ao ano entre homens e 2,3% no caso das mulheres, devido à redução de fumantes.
Outras causas podem ser questões genéticas, dieta inadequada, exposições ocupacionais e poluição do ar, podem agir independentemente ou em conjunto com o tabagismo na definição da epidemiologia descritiva do câncer de pulmão.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, que podem ser tomografia ou radiografia do tórax. A cantora descobriu quando fazia um check-up de rotina.
Os tratamentos que serão feitos por Rita são imunoterapia e radioterapia. “Os médicos decidem o tratamento com base no tipo de célula do pulmão que se transformou, extensão da doença e condições clínicas do paciente e outras doenças pré-existentes”, conta a médica.
“Cerca de 60% dos pacientes com câncer precisarão da radioterapia ao longo do curso de seu tratamento. Câncer é sinônimo de tumor maligno, o que significa que é uma lesão com capacidade de se disseminar pelo organismo”, completa.
A imunoterapia estimula o organismo a identificar as células cancerosas e atacá-las com medicamentos que modifiquem a resposta imunológica. O tratamento auxilia o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer.
Já a radioterapia usa diferentes formas de radiação ionizante para tratar a doença e o efeito acontece devido ao dano provocado no DNA das células tumorais pela radiação.
Rita Lee está em sua casa na cidade de São Paulo, ao lado do marido Roberto de Carvalho. Nas redes sociais, o casal tem recebido o apoio dos fãs, amigos e familiares.
Fonte – R7
Foto – REPRODUÇÃO INSTAGRAM @RITALEEOFICIAL