Com o título de referência em tratamento para pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, é um dos únicos da rede pública e privada a contar com uma equipe de neurologistas de forma presencial, durante 24 horas, diariamente, na Paraíba.
O AVC também é conhecido como derrame, sendo a segunda maior causa de morte entre os brasileiros. Se caracteriza pela obstrução (isquêmico) ou rompimento dos vasos (hemorrágico), que conduzem o sangue para o cérebro, causando a perda de função da área afetada.
Para o diretor-geral da instituição, Laecio Bragante, os números de pacientes vítimas de AVC são altos. “De janeiro a julho deste ano, recebemos 1.662 casos, já em 2021 foram 2.876, contabilizando uma média mensal de mais de 200. Cerca de 90% dos pacientes possuem entre 50 a 90 anos, sendo que o AVC isquêmico é o mais comum, representando 85% de todos os casos e 15% são hemorrágicos”, esclareceu.
A diarista Ivanilza Ferreira conta que desconhecia os sintomas de AVC e que seu irmão vinha sentindo fortes dores na cabeça e tonturas há mais de um mês. “Infelizmente, só ficamos sabendo que se tratava de um AVC, quando ele passou mal e foi socorrido pelo Samu. Hoje estarei mais atenta aos sintomas e espero ajudar outras pessoas”, ponderou.
Laecio Bragante alerta que a prevenção pode ser feita de acordo com os fatores de risco, ou seja, combatendo-se as principais causas. “É necessário o controle da pressão arterial, do diabetes e do colesterol. Como também, não fazer uso de cigarro, evitar o sedentarismo e conhecer a doença. Além disso, ficar atento, pois os principais sintomas começam de uma hora para outra e se caracterizam por boca torta, formigamento ou fraqueza em um dos lados do corpo, súbita dificuldade para falar ou entender o que os outros falam, perda da visão de um dos dois olhos, perda súbita do equilíbrio com dificuldade para andar, dor de cabeça explosiva sem causa aparente e vertigem”, completou.
Quanto mais rápido se identificar o AVC, maiores são as chances de não haver sequelas e menores as possibilidades de óbito. “Em caso de suspeita, o paciente deve entrar em contato com o SAMU pelo telefone 192 e procurar, imediatamente, o serviço médico de emergência. Na Grande João Pessoa, o Hospital de Trauma é referência para pacientes com sintomas recentes”, recomendou Laecio Bragante.
O diretor ainda disse que o tratamento é feito com uma medicação que dissolve o trombo (coágulo de sangue). O remédio pode ser ministrado até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Já o tratamento do AVC hemorrágico depende da avaliação individual.
Fonte: SECOM/PB