quarta-feira, 24 de abril de 2024
Esportes 19, agosto, 2021

Integrante afegã do COI pede ajuda dos EUA para retirar competidoras

thumb

Samira Asghari, integrante afegã do Comitê Olímpico Internacional (COI), pediu aos Estados Unidos que ajudem a retirar duas atletas e a equipe técnica de seu país “antes que seja tarde demais” depois que o Talibã assumiu o controle da nação.

Durante seu governo de 1996 a 2001 guiado pela lei islâmica, o Talibã proibiu as mulheres de trabalharem, e elas só podiam sair usando burcas e acompanhadas por um parente masculino. As meninas não podiam ir à escola.

O Talibã diz que respeitará os direitos das mulheres nos moldes da lei islâmica, mas a ex-capitã de basquete Asghari disse que teme pela segurança das mulheres atletas.

“Atletas femininas cidadãs do Afeganistão, técnicos e suas equipes precisam de sua ajuda, precisamos tirá-los das mãos do Talibã… por favor, façam algo antes que seja tarde demais”, tuitou Asghari, de 27 anos, nesta quarta-feira (18), dirigindo-se à federação de basquete dos EUA, aos comitês Olímpico e Paralímpico norte-americanos e ao embaixador dos EUA no Afeganistão.

Asghari, que já desempenhou vários papeis na administração do esporte afegão e se tornou a primeira integrante de seu país no COI em 2018, não estava disponível de imediato para dar detalhes.

Khalida Popal, ex-capitã do time de futebol feminino afegão radicada em Copenhague, pediu às jogadoras que apaguem suas contas de redes sociais, removam identidades públicas e queimem os uniformes para sua própria segurança agora que o país voltou a ser comandado pelo Talibã.

Na segunda-feira (16), o Comitê Paralímpico Afegão disse que dois atletas não poderão participar da Paralimpíada de Tóquio, que começa em 24 de agosto.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Kai Pfaffenbach