sexta-feira, 3 de maio de 2024
Futebol 29, julho, 2023

Mirando vaga nas oitavas, Brasil tenta quebrar tabu diante da França

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Buscando a classificação antecipada para as oitavas de final da Copa do Mundo de futebol feminino, o Brasil enfrenta a França, a partir das 7h (horário de Brasília) deste sábado (29) no estádio de Brisbane, na Austrália, pela segunda rodada do Grupo F da competição.

A equipe comandada pela técnica sueca Pia Sundhage chega motivada após golear o Panamá por 4 a 0 na última segunda-feira (24), em sua estreia no Mundial disputado na Austrália e na Nova Zelândia. Assim, se vencer as francesas na segunda rodada chega aos 6 pontos e garante a classificação para as oitavas de final de forma antecipada, além de deixar as adversárias europeias em situação muito complicada.

Porém, para garantir os três pontos neste sábado, a seleção canarinho terá que quebrar um incômodo tabu, pois terá que vencer pela primeira vez as francesas em uma partida oficial, em 11 partidas são 6 derrotas e 5 empates. Considerando apenas confrontos em Copas, há um empate de 1 a 1 no Mundial de 2003 pela fase de grupos e uma derrota, de 2 a 1 na prorrogação das oitavas de final, na última edição da competição, em 2019.

Porém, a técnica Pia Sundhage deixou claro que acredita que chegou a hora de o Brasil finalmente quebrar esta escrita e alcançar sua primeira vitória sobre as francesas: “Há sempre um histórico quando você joga contra um time. E quanto mais tempo você joga contra um time, como a França, mais perto você chega da vitória. Isso é um fato, é uma questão de tempo. Temos uma oportunidade. Tento comparar 2019 [quando o Brasil foi eliminado do Mundial justamente pelas francesas] com agora, e está muito diferente. Quando observo a equipe, elas [jogadoras brasileiras] estão alegres, confiantes e acreditam que é possível. Este é o momento para jogarmos um ótimo futebol e vencer o jogo”.

Uma equipe em reconstrução

Apesar de um retrospeto tão positivo diante do Brasil, as francesas não podem ser consideradas as favoritas para o confronto deste sábado, pois vivem um momento de reconstrução que tem impedido que mostrem o seu melhor futebol, como pôde ser visto no empate de 0 a 0 com a Jamaica na sua estreia da Copa.

A equipe que está representando a França no Mundial da Oceania é bem diferente da que disputou a Copa do 2019, quando caiu nas quartas de final para os EUA. São apenas 11 remanescentes daquele elenco.

Além disso, o time é comandado agora pelo técnico Hervé Renard (o mesmo que comandou a Arábia Saudita no último Mundial masculino). Ele assumiu o posto em março, substituindo Corinne Diacre, demitida após desavenças com algumas das principais jogadoras da seleção. Um mês antes, por exemplo, a zagueira e capitã Wendy Renard disse que não defenderia mais a equipe sob comando de Diacre. A decisão foi seguida por outros nomes importantes, como as atacantes Kadidiatou Diani e Marie-Antoinette Katoto.

A saída da treinadora estancou a sangria, viabilizando a volta das jogadoras. Mesmo assim, a seleção da França tem desfalques de peso na Copa, como a meia Amandine Henry (autora do gol que eliminou o Brasil há quatro anos) e as atacantes Delphine Cascarino e a própria Katoto, todas contundidas.

Fonte – Agência Brasil

Foto – Lucas Figueiredo/CBF