8 de março, Dia Internacional da Mulher, símbolo da luta histórica das mulheres pela equiparação de direitos e de celebração das transformações na sociedade. Neste ano, a data se transforma num marco em prol da inclusão e rumo à igualdade de gênero no futebol brasileiro. Desde ontem, as competições amadoras podem ser mistas no Brasil.
Isto significa que as atletas poderão fazer parte de equipes masculinas e que equipes exclusivamente femininas poderão participar de competições masculinas, a critério de cada entidade organizadora. A nova regra poderá ser aplicada em todas as categorias, da iniciação esportiva ao futebol amador adulto.
Presidente Ednaldo Rodrigues com as colaboradoras da CBF
Créditos: Rafael Ribeiro/CBF
“Com esta mudança, pretendemos democratizar e massificar a prática do futebol pelas atletas, removendo barreiras para o surgimento e o desenvolvimento de novos talentos. A CBF tem investido muito nas Seleções e nas competições femininas de alto rendimento, que contam hoje com um calendário de competições nacionais a partir da categoria Sub-17. O topo da pirâmide está relativamente bem estruturado, mas assentado sobre uma base frágil”, afirmou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que assinou a regulamentação nesta quarta-feira por meio de uma Resolução da Presidência.
“É importante destacar que o futebol misto trabalha com a massificação e a inclusão. Faltam equipes e, sobretudo, competições amadoras em nível local e regional nas primeiras categorias de iniciação e formação desportiva, como a Sub-10, Sub-12, Sub-14. Acredito firmemente que a regulamentação do futebol misto ajudará a corrigir este problema, incentivando a participação de milhares de jogadoras em equipes e competições mistas. Com o tempo, o aumento no número de atletas registradas também poderá levar à criação de equipes e competições exclusivamente femininas nas categorias mais jovens”, acrescentou o dirigente.
Destaca-se, no entanto, que o futebol feminino permanece exclusivo às atletas femininas, e que a organização de equipes e de competições femininas, de forma dedicada, continuará a ser incentivada pela CBF e pelas Federações filiadas.
Fonte – CBF
Foto – Ricardo Duarte/CBF