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Geral 8, março, 2021

Prefeitura dispõe serviços e rede de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica

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As mulheres vítimas de violência doméstica percorrem um longo caminho até obter ajuda para sair deste ciclo. Além do apoio familiar, na maioria dos casos, elas precisam ser assistidas por uma série de serviços para que consigam se restabelecer novamente. Na Capital paraibana, a Prefeitura de João Pessoa, através do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, mantido pela Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), faz o acompanhamento a essas mulheres e oferece, desde o acolhimento, até o encaminhamento para atendimentos de saúde e habitação.

Em janeiro deste ano, o Centro de Referência da Mulher atendeu nove mulheres. No mês de fevereiro, foram 35 atendimentos. Os abusos são físicos, verbais e principalmente psicológicos. Esse número representa um aumento de 450%, em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a coordenadora de Enfrentamento à Violência contra às Mulheres da SEPPM, Lila Oliveira, o Centro de Referência Ednalva é o local de acolhimento dessas mulheres. O Centro também é ponto de formação profissional, por meio de oficinas e cursos profissionalizantes, e a Prefeitura impulsiona o ingresso das mulheres no mercado de trabalho.

“Aqui, as mulheres têm assistência e orientação jurídica, psicológica, encaminhamentos para serviços de saúde, no caso quando são abusadas sexualmente ou precisam de outros atendimentos médicos. Além disso, nós também encaminhamos para os serviços de cadastro na Secretaria Municipal de Habitação”, reforçou Lila Oliveira.

Para a secretária de Políticas Públicas para as mulheres, Nena Martins, a denúncia é fundamental para tentar barrar essa situação e a sociedade precisa tomar consciência disso. “Em briga de marido e mulher o Estado mete a colher, sim! Trabalhamos para encorajar as vítimas a denunciar seus agressores e a romper o ciclo de violência”, frisou.

Acesso – Para ser usuária do Centro de Referência Ednalva Bezerra, a mulher pode ir ao local por demanda espontânea ou ainda ser encaminhada pela Delegacia da Mulher, Centros de Referência em Assistência Social ou Organizações Não-Governamentais e Movimentos Feministas. Os serviços disponibilizados no local são gratuitos.

O Centro de Referência Ednalva Bezerra fica na Rua Afonso Campos, Nº 111, no Centro da Capital. O contato direto com as equipes pode ser feito pelo telefone 0800-283-3883.

Atendimento médico – As mulheres que são violentadas sexualmente têm atendimento necessário e especializado para esses casos no Instituto Cândida Vargas (ICV), no bairro de Jaguaribe. Já aquelas que sofreram agressões físicas a ponto de deixar marcas têm acesso às cirurgias reparadoras. Este último serviço é disponibilizado no Hospital Municipal Santa Isabel, no bairro Tambiá.

Habitação – Muitas mulheres vítimas de violência doméstica são dependentes financeiramente dos agressores e, muitas vezes, precisam deixar o lar, mas não têm para onde ir. Por conta disso, a Secretaria de Habitação (Semhab) disponibiliza no cadastro para imóveis populares um percentual para acolher mulheres que estão nesta situação e que precisam da garantia de um teto para que sejam independentes.

Fonte: SECOM/JP

Foto: SECOM/JP