O mês de janeiro também pode ser chamado de janeiro roxo, isso porque marca a luta e conscientização contra a Hanseníase. Uma doença infectocontagiosa, transmitida através de vias aéreas e que tem cura. O tratamento é gratuito e ofertado na rede municipal de saúde, através das Unidades de Saúde da Família (USFs).
A hanseníase tem como sintomas manchas mais esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. A doença ainda provoca alteração da sensibilidade no local, podendo acontecer rarefação de pelos e até ausência de transpiração. Quando o nervo de uma área é afetado, também pode surgir dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Nas fases agudas, é comum aparecer nódulos e/ou edemas nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.
A coordenadora da área técnica de prevenção a Tuberculose e Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Eveline Vilar, orienta que “pessoas que tenham manchas com alteração de sensibilidade devem procurar a Unidade de Saúde da Família mais próxima de sua casa para que seja avaliado por um profissional médico e, se for o caso, já iniciar o tratamento”.
O principal acesso para o cuidado é a Atenção Básica, por meio da Unidade de Saúde, onde é possível realizar o exame clínico para diagnóstico da doença, além de todo o tratamento e acompanhamento com a equipe de saúde.
Em casos mais graves, caso a equipe da Unidade considere necessário, o usuário pode ser encaminhado para os hospitais de referência Clementino Fraga e Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW).
Dados – O Brasil é o segundo país no mundo em casos de hanseníase. De acordo com o último Boletim do Ministério da Saúde, em 2019 foram contabilizados 23.612 casos da doença no Brasil. Já em João Pessoa, dados da área técnica da SMS, indicam que em 2020 surgiram 66 novos casos de Hanseníase em residentes da Capital.
Doença – A hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Trata-se de uma doença conhecida há mais de 4.000 anos. Sua primeira identificação na comunidade científica aconteceu em 1873 pelo cientista Armauer Hansen, que deu origem ao nome hanseníase.
O ser humano é o principal reservatório natural da bactéria causadora da patologia. Porém, a Mycobacterium leprae também pode ser encontrada em esquilos, macacos e tatus.
A transmissão da doença acontece por via respiratória, quando existe uma convivência muito próxima e prolongada com indivíduos que apresentem o tipo multibacilar da doença, uma vez que, esses indivíduos apresentam grande quantidade de bacilos na secreção nasal, o que facilita a transmissão por gotículas de saliva ou secreções do nariz.
Fonte: SECOM/JP
Foto: SECOM/JP