O vereador Carlão (PL) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para refletir sobre declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) , Alexandre de Moraes, sobre prisões e aplicação de multas pelo país afora. O parlamentar cobrou o cumprimento do sistema acusatório (delegado investiga, Ministério Público acusa, Poder Judiciário aplica a lei e advogado defende).
“Missão dada, missão cumprida. Foi dito isso aos sussurros nos ouvidos. E depois a gente escuta: tem muita gente pra gente prender e muita multa pra aplicar. Isso foi dito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), vossa excelência Alexandre de Moraes. Eu tenho certeza que o ministro estava falando de muita gente pra prender se referindo a homens maus. Ele está falando de traficantes perigosos ou dos corruptos que tiram dinheiro da Nação, da Saúde, da Educação, da Infraestrutura. Esses corruptos têm que ser presos. Então, tem muita gente pra prender, ministro. Tenho certeza que o senhor estava falando disso”, asseverou o vereador.
O parlamentar ressaltou que não acredita que o ministro não estaria falando sobre as pessoas que estão em frente aos quartéis vestindo verde e amarelo, com terço na mão. “Louvando e lutando por uma transparência eleitoral. Tenho certeza que não estava falando de pessoas que fazem doações pra que ali fiquem homens e mulheres de bem”, explicou. Para ele, se o ministro estiver falando dessas “pessoas de bem” , estará equivocado.
“Se estiver falando de conservadores, de homens e mulheres de direita, das famílias que estão na frente dos quartéis buscando seu direito constitucional seja garantido, então o senhor se equivocou. Está completamente equivocado, errado do começo ao fim. Não, ministro , a sociedade tem que usar seu poder de fogo contra homens perigosos, contra assassinos, contra estupradores, pedófilos e criminosos. Vossa excelência tem esse poder e essa força”, assentiu.
Carlão solicitou que não seja esquecido o sistema acusatório (delegado investiga, Ministério Público acusa, Poder Judiciário aplica a lei e advogado defende), e que se respeite o devido processo legal, o princípio do contraditório e a ampla defesa.
Fonte: CMJP
Foto: CMJP