quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Esportes 19, dezembro, 2020

RÔMULO MARTINS: Exemplo de superação no parajiujitsu

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Um exemplo de superação. Aquele que nasceu com paralisia cerebral e que começou a andar e a falar aos 7 anos, mostra o sentido da perseverança e hoje é bicampeão mundial de jiu-jitsu e sonha com o tricampeonato mundial em Abu Dhabi no mês de novembro,  e em dezembro a Copa Company, desafio de parajiu-jitsu  no Rio de Janeiro, no Park Olímpico. Seu nome é Rômulo Leonardo Alves Martins, que nasceu em Timbaúba-PE e já tem 26 anos de João Pessoa.

Antes de escolher o jiu-jitsu como seu esporte, Rômulo Martins fez musculação. Hoje, aos 42 anos, não esconde o prazer de ter escolhido essa modalidade. Já são 22 anos em disputas normais e três no paralímpico onde é uma referência em nível nacional.

“As dificuldades foram muitas na minha trajetória de vida, mas hoje sou bicampeão brasileiro, campeão sul-americano e bicampeão mundial em disputas realizadas em Abu Dhabi (Emirados Árabes). Graças a Deus alcancei essas importantes conquistas”, disse Rômulo Martins que treina cinco horas por dia para aperfeiçoar o seu desempenho.

Ao longo da carreira, Rômulo não esconde as tristezas e alegrias para atingir os seus objetivos. “Foi triste quando precisei ter que vender água na rua para representar nosso estado e nosso país no maior evento de jiu-jitsu do mundo. Mas superei. Uma alegria que gosto de lembrar é quando fui convidado pelo meu pastor a dar aulas de jiu-jitsu na Igreja Cidade Viva para crianças e jovens carentes com e sem deficiência, que não podem pagar uma academia”, comentou.

Cobrança por mudanças

Para Rômulo Martins a realidade do jiu-jitsu paralímpico na Paraíba precisa mudar. Ele lembra que há três anos atrás só tinha ele e outro na modalidade e hoje são 25 praticantes. “Eu mesmo tenho quase dez alunos no projeto da igreja”, comemora. “Um dia vou montar uma academia aqui em João Pessoa só para deficientes físicos”, adiantou Rômulo Martins, ao lembrar que os clubes poderiam abrir espaço para o jiu-jitsu paralímpico.

Um apoio que não esquece

“Guto Clerot é um anjo na minha vida. Foi o primeiro cara a acreditar na minha força de vontade e deu minha primeira passagem aérea. Talvez se tivesse um não dele quando fiz a reivindicação, não estaríamos aqui falando dessa linda história de superação. Ele é meu irmão, pai e incentivador”, destaca Rômulo Martins sobre o início da sua caminhada vitoriosa no Mundial de Jiu-Jitsu, e que tem como mestre Lucio Charlytow Nogueira Fernandes. Ele também valoriza a presença da família – Dhayanne Patrícia Barbosa Martins (esposa) e Francisco Alves Barbosa (filho) – que são presentes nas suas ações do dia a dia. Além do apoio de Guto Clerot, Rômulo Martins conta com o Supermercado Bemais e Bósio Madeiras.