A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou informe técnico sobre a incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SE). O documento traz os detalhes técnicos do imunizante, eficácia e segurança, além do esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a chefe do Núcleo de Imunizações da SES, Márcia Mayara, o público-alvo para receber a vacina é o de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Ela explica que a faixa etária foi eleita como o melhor cenário para iniciar a vacinação por apresentar uma alta taxa de hospitalização no país.
Para a distribuição das doses, foram selecionados os municípios de grande porte (população maior ou igual a 100 mil habitantes) com alta transmissão de dengue nos últimos 10 anos, incluindo os demais municípios das suas regiões de saúde de abrangência, independentemente do porte populacional, ordenados pela predominância do sorotipo DENV-2 (reemergência recente).
“Para a distribuição das doses, o Ministério da Saúde elaborou um ranking com os municípios que serão contemplados com a vacina neste primeiro momento. O imunizante será distribuído de acordo com a disponibilização de doses pelo laboratório. O Ministério da Saúde inicia a distribuição na próxima semana. Mas, até o momento, não temos confirmação da data que as doses chegarão na Paraíba e nem a quantidade”, pontuou.
O esquema vacinal recomendado corresponde à administração de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Após infecção pelo vírus da dengue é recomendado aguardar seis meses para o início do esquema vacinal com a vacina dengue (atenuada). Caso a infecção ocorra após o início do esquema, não há alteração no intervalo entre D1 e D2, desde que a D2 não seja realizada com o período inferior a 30 dias do início da doença.
A SES reforça que a principal medida de controle e prevenção da transmissão de dengue é o controle vetorial. A incorporação da vacina dengue (atenuada) no SUS soma-se às demais ações de controle e prevenção de dengue. Todas as ações em conjunto promovem a redução da incidência, hospitalização e mortes por dengue no Brasil. Por ser uma medida adicional às demais ações existentes para o controle e prevenção de dengue, todos os cuidados individuais e comunitários que visam o controle da proliferação do vetor Aedes aegypti, transmissor de dengue e de outros arbovírus, devem ser mantidos.
Fonte – SECOM-PB