Em 2016, no Rio, ela era muito retraída e o nervosismo de disputar uma olimpíada no Brasil a deixou bastante ansiosa e nervosa. Em 2021, em Tóquio, sentia-se mais experiente, mas o excesso de cautela a impedia de ser mais comunicativa. Agora, a poucos dias da estreia nos Jogos Olímpicos de Paris, Tamires percebe nitidamente as mudanças por que passou.
“Eu quero ser cada vez melhor e como atleta quero mostrar meu trabalho e trazer as meninas junto comigo. Eu me comunico mais com elas. Coloco meus pontos de vista, ouvindo também o que elas têm a dizer. Essa troca foi muito evolutiva para minha trajetória. Em 11 anos de Seleção, aquela Tamires mais quietinha, mais tímida, hoje é uma Tamires muito mais aberta a tudo”, disse.
Muito à vontade em Teresópolis (RJ), Tamires é só elogios à estrutura oferecida pela CBF na Granja Comary e ao trabalho do técnico Arthur Elias, reconhecendo o poder de liderança dele, principalmente pelo seu retrospecto pontuado por conquistas.
“As atletas sentem confiança quando o professor e sua comissão técnica estão confiantes em seu trabalho. O Arthur é um técnico muito vitorioso, todas nós aqui sabemos desse histórico dele, que traz para o grupo esse espírito vitorioso. E ele em todas as convocações consegue passar esse pensamento, esse sentimento para as jogadoras”, comentou.
Para Tamires, a cicatriz que ficou da última participação da Seleção Brasileira numa Copa do Mundo já fechou e agora todas as atletas estão com um foco só: aproveitar a oportunidade para fazer diferente nos Jogos de Paris.
“Que a gente consiga canalizar toda essa expectativa e ansiedade, naturais em vésperas de grandes competições, em trabalho e bons resultados. Estou muito confiante de que vamos dar alegrias para aqueles que nos acompanham, que sabem o que nós podemos entregar e que torcem pelo sucesso do futebol feminino brasileiro. Estamos recebendo esse carinho de muita gente e isso é muito importante.”
Fonte – CBF
Foto – CBF / Staff Images