OComplexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga atua como referência estadual no atendimento a pacientes vítimas de acidentes com exposição a material biológico relacionado ao trabalho. Dados da epidemiologia apontam que, no período de 2018 até 15 de abril deste ano, foram atendidos mais de 1.400 casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico no hospital.
“Oferecemos um serviço em regime de sentinela, ou seja, o atendimento para acidentes de trabalho funciona 24h por dia, todos os dias da semana. Chegando ao hospital, deve-se procurar a recepção hospitalar e realizar o preenchimento dos dados pessoais, sendo imediatamente encaminhado para atendimento psicológico e médico. Após passar pela consulta, o paciente é direcionado à farmácia, localizada no mesmo Complexo e recebe os medicamentos antirretrovirais que devem ser tomados durante 28 dias, sem interrupção”, explicou Gilberto Teodozio, diretor-geral do Clementino Fraga.
De acordo com dados estatísticos do hospital, dos cerca de 1.400 atendidos, a faixa etária mais acometida pelos acidentes com material biológico foi a de 20 a 34 anos com 55,7%, sendo seguida da faixa de 35 a 49 com 33,85 %. Isto pode estar associado pelo fato desta faixa etária fazer parte da idade produtiva com grande inserção no mercado de trabalho.
A profilaxia nos casos pós-exposição, quanto ao vírus do HIV, só existe utilizando como método profilático os anti-retrovirais (ARV); recomenda-se que o tratamento seja iniciado de 2 a 72 após o acidente. Esta profilaxia é conhecida como PEP (profilaxia pós exposição) é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que utiliza a prescrição e utilização de medicamentos para reduzir o risco de adquirir infecções.
O acidente ocupacional pode acontecer com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico. As profissões mais afetadas são auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, cirurgiões dentistas, estudantes e garis.
Fonte – SECOM-PB