Com um gol salvador do garoto Joshua, de apenas 17 anos, o Flamengo venceu o Botafogo da Paraíba por 1 a 0, nesta quarta-feira (1º), em São Luís, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O time paraibano resistiu com uma retranca firme por 85 minutos, mas viu sua muralha ruir após a entrada dos titulares promovida por Filipe Luís.
O Belo apostou na tática preferida de seu técnico, Antônio Carlos Zago. Conhecido por sua passagem recente pela Bolívia, considerada a seleção mais fraca da América do Sul, Zago se especializou em montar esquemas ultradefensivos para enfrentar adversários muito superiores tecnicamente. E foi exatamente isso que ele fez no primeiro duelo com o Mengo.
Sem exagero, o time paraibano se postou com praticamente 10 jogadores atrás da linha da bola — todos plantados na entrada ou dentro da própria área, formando um verdadeiro paredão à frente do goleiro Michael. A posse de bola chegou a absurdos 80% para o Flamengo, que rondou a área adversária durante quase todo o jogo, mas teve dificuldades para criar chances reais diante do “ferrolho boliviano” armado por Zago.
Em raros momentos, o Botafogo se arriscava ao ataque. Os narradores da Amazon Prime chegaram a apostar numa possível “lei do ex” protagonizada por Henrique Dourado, que marcou 15 gols pelo Flamengo entre 2018 e 2019. Mas Dourado pouco apareceu e acabou substituído no segundo tempo, sem deixar saudades nem sustos.
O grande destaque da noite foi o goleiro Michael, do Botafogo, revelado na base do São Paulo. Experiente e com quase dois metros de altura, ele parece ter incorporado o espírito de Manuel Neuer, goleirão alemão que costuma fechar o gol em jogos decisivos.
Já do lado rubro-negro, a opção por escalar um time inteiramente reserva cobrou seu preço. Alguns jogadores deixaram evidente que não têm condições de brigar por vaga entre os titulares. Foi o caso do atacante Michael — o baixinho do Flamengo, não o paredão do Botafogo —, que teve atuação apática, parecia fora de forma e foi facilmente anulado.
À medida que o jogo avançava e o placar insistia em não sair do zero, o técnico Felipe Luiz começou a lançar mão de suas principais peças. Gerson entrou, Cebolinha também, mas quem resolveu foi o garoto Joshua, de 17 anos, que fazia o seu primeiro jogo no profissional. Marcou aos 40 do segundo tempo e deu um alívio ao Rubro-negro carioca.
Ainda tem o jogo da volta, no dia 21, e, a julgar pelo que vimos na noite desta quinta-feira, só um milagre como aquele de 1980 poderá fazer o Botafogo ganhar no Maracanã.
Em tempo: a renda do jogo no Estádio Castelão foi de R$ 4,6 milhões. A pergunta é: quem é que vai pagar os R$ 6 milhões que prometeram ao Botafogo-PB?
Fonte – onorteonline.com
Foto – Gilvan de Souza/Flamengo