domingo, 18 de maio de 2025
Futebol 15, maio, 2025

Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

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Por Marcondes Brito

Pela segunda vez, Ednaldo Rodrigues é destituído do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A nova reviravolta ocorreu nesta quinta-feira (15), após o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro considerar inválido o acordo que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo, por indícios de falsificação da assinatura de um dos signatários, o ex-presidente da entidade Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes.

“Nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”, escreveu o magistrado na decisão.

Com o afastamento, Fernando Sarney (filho do ex-presidente José Sarney) , vice-presidente da CBF e desafeto político de Ednaldo, assume a entidade como interventor. Sarney não participou da chapa de reeleição por aclamação de Ednaldo, realizada em março deste ano, mas tem mandato como vice até 2026.

A ação tem como base petições da deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e do próprio Fernando Sarney, que sustentam que a assinatura de Coronel Nunes foi forjada em um acordo celebrado no início do ano. O documento em questão resultou no encerramento de uma ação que questionava a legalidade do processo eleitoral da CBF e, na prática, abriu caminho para a reeleição de Ednaldo. Um laudo pericial aponta que a assinatura não é autêntica.

A investigação ganhou força após decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que determinou a apuração “imediata e urgente” dos fatos narrados nas petições. Na última segunda-feira (13), o TJ-RJ convocou Coronel Nunes para prestar depoimento, mas ele não compareceu alegando problemas de saúde. A audiência foi cancelada, e o magistrado decidiu pelo afastamento.

Em dezembro do ano passado, o mesmo TJ-RJ já havia destituído Ednaldo da presidência da CBF. Naquela ocasião, o dirigente retornou ao cargo por decisão liminar de Gilmar Mendes.
Agora, com mais uma crise instalada na cúpula da CBF, o comando do futebol brasileiro volta a ser disputado nos tribunais.

Fonte – O Norte Online

Foto – Joédson Alves/Agência Brasil