Ninguém esperava. Ninguém apostava. Mas o Fluminense contrariou todas as previsões e está na semifinal do Mundial de Clubes da FIFA. Com a vitória por 2 a 1 sobre o fortíssimo Al Hilal, nesta sexta-feira (4), o Tricolor das Laranjeiras garantiu uma das vagas entre os quatro melhores do planeta — um feito histórico, surpreendente e, acima de tudo, heroico.
É o resultado mais improvável entre os brasileiros no torneio. Dos quatro representantes do país no Mundial, o Fluminense é o time com menor valor de mercado e o que chegou mais desacreditado. Como publicamos mais cedo, o elenco tricolor é o menos valorizado entre os semifinalistas. No outro extremo, está o Real Madrid — o mais caro e o mais badalado.
Mas futebol não se joga com planilha. E o Fluminense venceu justamente um dos adversários mais respeitados do torneio até aqui. O Al Hilal não era apenas o campeão asiático: empatou com o Real Madrid e venceu o Manchester City, deixando claro que o futebol árabe não é mais aquele velho “society com grife”, mas sim um futebol competitivo, técnico e milionário. Um time que mempatou com o Real Madrid e venceu o Manchester City. Não é pra qualquer um.
Com um esquema defensivo sólido desenhado por Renato Gaúcho, o Fluminense teve equilíbrio emocional, personalidade e maturidade tática. O zagueiro Thiago Silva comandou a retaguarda com sobriedade, enquanto Ignacio, até então coadjuvante, se firmou como um dos destaques da campanha tricolor. O time abriu o placar, sofreu o empate, mas não desmoronou. Mostrou cabeça fria e pernas firmes — e venceu no tempo normal.
Agora, o Tricolor aguarda o vencedor de Palmeiras x Chelsea para saber quem enfrentará na semifinal. Mas já entra com moral: Renato Gaúcho montou um time resiliente, que sabe sofrer e sabe decidir. Um time que vem marcando gols decisivos nos minutos finais dos jogos, seja no Brasileirão ou agora no Mundial. Um time que ninguém levava a sério — mas que está calando o mundo.
Fonte – O Norte Online